Apesar do número de pacientes em situação grave ou crítica ter também atingido um novo máximo, 1.196, as autoridades de saúde disseram que a resposta médica da Coreia do Sul permanece estável.
Depois de esforços para expandir os recursos, mais de 30% das unidades de cuidados intensivos designadas para o tratamento de Covid-19 estão ainda disponíveis, sublinharam as autoridades.
Mas o Governo sul-coreano indicou esperar que a pressão sobre o sistema hospitalar aumente nas próximas semanas, considerando os intervalos de tempo entre infeções, hospitalizações e mortes.
“Prevemos que o número [de casos graves ou críticos] cresça para cerca de dois mil. Estamos a preparar a nossa resposta médica para isso”, disse um responsável do Ministério da Saúde Park Hyang, em conferência de imprensa.
A Coreia do Sul registou uma média diária de cerca de 337 mil novos casos nos últimos sete dias, incluindo 362.283 na terça-feira, representando um aumento de mais de 80 vezes em relação aos níveis observados em meados de janeiro, quando a variante Ómicron se tornou dominante.
O número de casos registados no país é atualmente superior a 7,2 milhões, com 6,4 milhões de infeções desde fevereiro.
Park Hyang disse que o país tem tido níveis mais baixos de mortalidade do que nos Estados Unidos e na Europa graças às altas taxas de vacinação.
Mais de 62% dos sul-coreanos já receberam doses de reforço e as autoridades vão começar, no final de março, a distribuir vacinas para crianças entre 5 e 11 anos.
Desde o início da pandemia da covid-19, o país registou 17,6 mortes ligadas à doença por 100 mil habitantes, em comparação com 285,5 mortes nos EUA e 237,5 no Reino Unido, de acordo com a Agência de Controle e Prevenção de Doenças sul-coreana, (KDCA, na sigla em inglês).
A variante Ómicron obrigou a Coreia do Sul a abandonar uma resposta rigorosa a Covid-19, baseada em testes laboratoriais em massa, rastreamento de contactos e quarentenas, com as autoridades sanitárias a concentrar os recursos médicos em grupos prioritários, incluindo pessoas com 60 anos ou mais e pessoas com condições médicas preexistentes.
Mais de 1,6 milhão de pessoas com sintomas leves ou moderados da Covid-19 foram aconselhadas a isolarem-se em casa para aliviar os hospitais, disse a KDCA.
A Covid-19 provocou pelo menos 6.011.769 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
LUSA/HN
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