Num discurso transmitido no domingo à noite na televisão e rádio do Gana, o Presidente Nana Akufo-Addo anunciou que o país vai permitir a entrada a todos os viajantes totalmente vacinados contra o novo coronavírus, sem a necessidade de mostrar provas de um teste PCR.
Por outro lado, os cidadãos ganeses e estrangeiros residentes no Gana, que não estejam totalmente imunizados, serão obrigados a apresentar um teste PCR, e ser-lhes-á oferecida vacinação à chegada.
“O Governo realizou uma revisão abrangente das medidas implementadas para vencer a luta contra o coronavírus (…) com base no rápido declínio das infeções, no relativo sucesso da campanha de vacinação (…), e no aumento da capacidade dos setores de saúde pública e privada que temos desenvolvido ao longo dos últimos anos”, afirmou.
Na sexta-feira passada, prosseguiu, “houve 72 casos ativos (no Gana), não foram registados casos graves ou críticos, os centros de cuidados Covid-19 estavam vazios e a quarta vaga parece ter terminado”, acrescentou Akufo-Addo no seu discurso.
Além da reabertura das fronteiras terrestres e marítimas, o Presidente também retirou o uso obrigatório de máscaras faciais e a proibição de reuniões de massas em eventos, edifícios religiosos, cinemas e outros locais, desde que os participantes possam provar que estão totalmente vacinados.
Ainda assim, exortou os cidadãos a usar máscaras sempre que possível e a continuar a lavar as mãos frequentemente.
Com 16% da população ganesa totalmente vacinada contra o coronavírus, Akufo-Addo reconheceu que não atingiu o seu “objetivo de cobertura nacional”, embora tenha sublinhado que níveis “razoáveis” foram alcançados em “pontos críticos”, como as áreas urbanas de Accra e Kumasi.
“O Governo está determinado a utilizar todos os meios disponíveis para atingir o nosso objetivo de vacinar cerca de 20 milhões de ganeses até junho”, disse Akufo-Addo.
Anunciou também que o seu Governo irá utilizar cerca de 23 milhões de euros para facilitar a produção de vacinas – tanto para o novo coronavírus, como para outras doenças, como a malária e a tuberculose – no interior do país.
Desde que a pandemia começou, o Gana registou mais de 160.900 casos de coronavírus, dos quais 1.445 mortais.
LUSA/HN
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