“Neste momento, em Palma, há médicos: temos cirurgião, médico de clínica geral e assim é também em Mocímboa da Praia e Macomia. Temos pessoal em prontidão e também temos médicos militares, no terreno”, referiu.
Mussa Ali falava em Pemba, capital provincial, durante a saudação ao governador de Cabo Delgado alusiva ao dia 28 de março, dia do médico moçambicano.
O regresso de pessoal de saúde surge na sequência do “aumento da segurança” naqueles distritos.
O governador Valige Tauabo saudou a medida e deixou um alerta: que os jovens médicos não se deixem aliciar pelos grupos insurgentes.
“O nosso médico jovem tem esta responsabilidade de servir a população e não servir o terrorismo”, referiu numa alusão a promessas com que os rebeldes aliciam populações, pelas quais o profissional de saúde “não se pode alinhar”.
A província de Cabo Delgado, é rica em gás natural, mas, aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
Há 784 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
Desde Julho de 2021, uma ofensiva das tropas governamentais com apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu recuperar zonas onde havia a presença de rebeldes, mas, a fuga destes tem provocado novos ataques noutros distritos usados como passagem ou refúgio temporário.
LUSA/HN
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