Número de nascimentos recuperou no primeiro trimestre com mais 1.402 bebés face a 2021

14 de Abril 2022

O número de nascimentos em Portugal recuperou no primeiro trimestre deste ano, quando foram rastreados 19.628 recém-nascidos, mais 1.402 do que no mesmo período do ano passado, segundo dados baseados no “teste do pezinho”.

Apesar da recuperação, este é o segundo primeiro trimestre do ano com um número de nascimentos mais baixos desde 2014, quando foram registados 19.574, de acordo com os dados do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNDP), que cobre quase a totalidade dos nascimentos em Portugal, apesar de o teste não ser um exame obrigatório.

Os dados avançados à agência Lusa pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) indicam que março foi o mês que registou o maior número de nascimentos (7.097), seguido de janeiro (6.482) e, por último, fevereiro com 6.049 bebés.

O valor mais alto neste período de nove anos, foi verificado nos primeiros três meses de 2019, em que foram rastreados 21.348 recém-nascidos.

Neste primeiro trimestre, Lisboa foi o distrito com mais exames realizados (5.774), seguido do Porto (3.617), Setúbal (1.546), Braga (1.479), Aveiro (1.091) e Faro (1.082).

O menor número de testes foi observado no distrito da Guarda (135), seguido de Portalegre (147) e Castelo Branco (231), segundo o programa coordenado pelo INSA, através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana.

Durante todo o ano de 2021, foram estudados 79.217 recém-nascidos, menos 6.239 do que em 2020 (85.456), o valor mais baixo de sempre.

Antes deste mínimo registado em 2021, o número mais baixo tinha sido verificado em 2014, com 83.100 exames realizados no país.

De acordo com os dados dos relatórios do PNRN, consultados pela Lusa no ‘site’ do INSA, o número de bebés estudados, entre 1984 e 2008, ultrapassou sempre os 100 mil, sendo o maior registo no ano de 2000 (118.577).

O “teste do pezinho” é efetuado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança, e permite atualmente detetar 26 doenças, 25 das quais de origem genética, possibilitando uma atuação precoce e um desenvolvimento mais saudável das crianças.

Este rastreio permite identificar as crianças que sofrem de doenças, quase sempre genéticas, como a fenilcetonúria ou o hipotiroidismo congénito, que podem beneficiar de tratamento precoce.

LUSA/HN

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