Em comunicado enviado à Lusa, os cinco deputados à Assembleia da República referem ainda que solicitaram uma reunião ao conselho de administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), do qual faz parte aquele serviço de urgência, sublinhando “a preocupação que resulta das notícias recentemente vindas a público no que diz respeito às condições” de trabalho do corpo clínico.
A administração do CHO informou que os chefes de equipa do serviço de urgência do Hospital de Caldas da Rainha pediram a demissão do cargo, mas assegurou que o serviço está a funcionar normalmente.
“Os deputados irão ainda questionar o Governo, através de pergunta regimental escrita dirigida à senhora ministra da Saúde, acerca das condições em que estes profissionais exercem a prática clínica e também sobre a resposta que é dada pelo serviço de urgência desta unidade hospitalar à população por ele servida”, anuncia o grupo.
Os deputados socialistas admitem “dificuldades”, mas, lê-se, “não deixam de reconhecer o investimento que tem vindo a ser feito pelo Governo em matéria de reforço de recursos humanos ao serviço do Serviço Nacional de Saúde nos últimos anos, bem como de enaltecer o enorme esforço que quer os profissionais de saúde, quer o conselho de administração do CHO têm sido capazes de fazer para que o serviço de urgência nunca tenha deixado de funcionar e assim garantir a resposta que tem que ser dada a todas e a todos os que o procuram”.
Numa nota enviada à Lusa, a administração do CHO disse ter recebido, na noite de quinta-feira, a carta de intenção de demissão dos chefes de equipa daquele serviço, assim como um pedido para o seu encerramento.
No entanto, esclarece, as demissões “respeitam apenas ao cargo de gestão de chefia de urgência e não ao exercício das funções clínicas”, pelo que a equipa “continua a assegurar o normal funcionamento” do serviço.
Assim, os clínicos mantêm-se em funções, “providenciando todos os cuidados inerentes ao funcionamento do serviço”, depois de um aumento na afluência às urgências do hospital de Caldas da Rainha ter causado constrangimentos no socorro aos doentes pelos bombeiros locais.
“O conselho de administração reitera a total abertura para resolver as questões de organização interna e distribuição de serviço, informando que mantém os canais de diálogo e a procura de soluções”, lê-se na nota.
O CHO integra os hospitais de Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelas populações dos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.
LUSA/HN
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