BE questiona Governo sobre a falta de médicos de família no distrito de Bragança

9 de Maio 2022

 O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) questionou o Governo sobre a falta de médicos de família no distrito de Bragança, considerando que esta situação é "inaceitável" para a população deste território, foi esta segunda-feira divulgado.

“Esta situação é inaceitável para a população do distrito de Bragança. O BE entende que é urgente implementar medidas para fazer face a esta situação e garantir que todas as pessoas tenham médico de família”, indica aquele partido numa nota enviada à agência Lusa.

Os parlamentares do BE questionam, através de cinco perguntas dirigidas à ministra da Saúde, Marta Temido, se o Governo tem conhecimento da situação e quantos médicos são necessários para que todos/as os/as utentes dos cuidados primários da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste tenham médico de família.

O Bloco pretende ainda saber que medidas estão a ser desenvolvidas para fazer face a esta situação.

“A população do distrito de Bragança é servida pela Unidade Local de Saúde do Nordeste e, de acordo com o portal da transparência, 9.713 pessoas estão sem médicos de família, um número que tem vindo a aumentar, e para agravar a situação, no presente ano, 22 clínicos de medicina geral e familiar vão-se aposentar e em 2023 serão mais oito clínicos”, explica o BE nas perguntas enviadas ao ministério tutelado por Marta Temido.

Segundo o BE, a falta de clínicos de Medicina Geral e Familiar em Portugal tem vindo agravar-se.

“De acordo com os mais recentes dados do SNS, são já 1,3 milhões os utentes que não têm acesso a médicos de família. Um problema que ganha uma maior dimensão nos territórios mais despovoados e com a população mais envelhecida, como é o caso do distrito de Bragança”, vincou aquele partido.

O partido acrescenta que, aquando da discussão na especialidade do Orçamento do Estado (OE), deixou ainda a garantia de que vai apresentar propostas para solucionar a situação, como por exemplo sobre a revisão e melhoria das carreiras, exclusividade com mais incentivos para os clínicos que se desloquem para territórios despovoados e abertura de mais vagas para a especialidade

O Bloco de Esquerda entende ainda que “é urgente implementar medidas para fazer face a esta situação e garantir que todas as pessoas tenham médico de família”.

LUSA/HN

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