Em causa está um serviço que se divide em Hospital de Dia oncológico e Hospital de Dia não oncológico ou polivalente, onde são administrados periodicamente aos utentes fármacos que não podem ser tomados por via oral ou de forma autónoma.
As obras, que terão início no verão, têm um prazo de execução de nove meses e deverão custar mais de 3,2 milhões de euros.
Em declarações à agência Lusa, o diretor do Centro de Ambulatório do CHUSJ, Xavier Barreto, descreveu um “projeto de grande envergadura” que implica “refazer todo o Hospital de Dia” e explicou que “durante o período de obras, este serviço vai estar instalado numa área de contentores que está a ser preparada”.
“A ideia é redesenhá-lo no que diz respeito a circuitos. Fazer um piso só de consultas, um piso só de tratamentos, uma nova farmácia de preparação de medicamentos, entre outros aspetos. No final teremos um Hospital de Dia mais capaz, muito mais moderno e confortável para os doentes e que nós possamos usar de forma mais eficiente”, resumiu Xavier Barreto.
O Hospital de Dia do CHUSJ funciona num edifício contíguo ao espaço das consultas externas.
Já na zona de consultas externas também está na calha a reformulação dos setores K4 (Medicina Interna) e K6 (área da mulher, Obstetrícia, Centro da Mama e Ginecologia).
No que se refere ao K4, em causa está um espaço prefabricado que está a ser remodelado, enquanto o K6 está a ser feito de raiz e não é prefabricado.
A obra orçada em 2,8 milhões de euros deverá estar pronta no final de julho.
Em declarações à Lusa, o diretor do Centro de Ambulatório falou, ainda, da intenção de retirar do edifício central as consultas que ainda ali ocorrem, mas devem ser integradas na zona de consultas externas, como acontece em Pneumologia e Cardiotorácica.
“Ainda há muita consulta junto aos serviços de internamento. Não é desejável porque temos os serviços invadidos por doentes de ambulatório que não tinham necessidade de se deslocar aos serviços de internamento e podiam ter resposta no Centro de Ambulatório. Nos próximos meses vão sair do edifício central e ser integrados no ambulatório na zona de consultas externas”, descreveu o responsável.
O objetivo é, acrescentou, “criar respostas numa lógica de maior proximidade ao doente”.
Paralelamente, o CHUSJ promete apostar na presença de médicos de várias especialidades na zona de consultas para assistência a doentes crónicos que habitualmente já recorrem ao hospital.
“Um doente que em determinado momento agudiza, o desejável é que não tenha de recorrer ao Serviço de Urgência e possa recorrer a uma resposta criada pelos seus médicos no Centro de Ambulatório”, disse o diretor.
Xavier Barreto contou que este modelo foi já testado com Imunoalergologia para responder, em permanência, aos doentes que agudizam por situações de asma grave, doença imune ou alérgica, por exemplo.
NR/HN/LUSA
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