Constatando que o conselho de administração do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) solicitou, na quarta-feira, que os doentes emergentes fossem encaminhados para hospitais de referência, nomeadamente para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, José Augusto Costa Santos referiu que “as deficiências constatadas na prestação dos cuidados de saúde pelo CHL, não são novas” e “vêm-se acentuando nos últimos tempos”.
Numa nota de imprensa, o presidente da Comissão Política de Secção do PSD Leiria salientou que esta situação tem sido “objeto de várias denúncias públicas e perguntas dirigidas ao Governo através dos deputados do PSD eleitos pelo distrito de Leiria”.
Afirmando que o “direito à proteção da saúde assume-se como um dos pressupostos fundamentais do princípio da dignidade da pessoa humana”, como consta na Constituição da República Portuguesa, e que “é reconhecido como um direito fundamental de todos os cidadãos, sendo a sua proteção competência do Estado”, o social-democrata considerou que os condicionalismos são resultado do “desinvestimento do Governo do PS na ampliação do hospital de Leiria e na falta de meios técnicos e principalmente humanos para fazer face ao número de habitantes que atualmente serve, ou deveria servir, alheando-se assim o Estado do seu dever fundamental: garantir ao utente dos serviços de saúde o direito a receber os cuidados de saúde de que necessita”.
“A Comissão Política de Secção de Leiria do PSD solidariza-se e lamenta os problemas sentidos pelos cidadãos de Leiria no acesso aos cuidados de saúde, constatável no serviço de urgência do hospital de Leiria, nos tempos de espera para consultas e atos cirúrgicos e na falta de médicos de saúde familiar nos centros de saúde”, referiu o PSD, numa nota de imprensa.
Para José Augusto Costa Santos, a “Câmara Municipal de Leiria não se pode alhear da sua quota-parte de responsabilidade, justificando-se com o facto de o Governo ignorar Leiria no plano dos investimentos públicos, sob pena de estar a reconhecer a sua incapacidade de influência e de intervenção na promoção dos direitos e da qualidade de vida dos leirienses”.
“Incapacidade tão ou mais notória quando o presidente da Assembleia Municipal de Leiria, é, desde outubro de 2019, secretário de Estado da Saúde”, disse ainda o presidente da concelhia, referindo-se a António Lacerda Sales.
LUSA/HN
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