De acordo com o dirigente sindical “é fundamental que seja revista a idade de aposentação dos enfermeiros para os 55 anos de idade”, pois os profissionais, para além de terem de lidar com “o sofrimento humano ininterruptamente”, estão sujeitos a cargas horárias pesadas.
O sindicato destaca que a pandemia demonstrou o “desgaste rápido e de alto risco” da profissão. Pedro Costa sublinha que a situação obrigou a que o governo criasse “um subsídio extraordinário e temporário pelos riscos das funções exercidas e, ainda, por toda a dedicação em prol do outro, em detrimento da própria família.”
“Infelizmente, este reconhecimento não teve continuidade no tempo e a verdade é que os enfermeiros ainda têm muitos dos seus problemas profissionais por resolver, faltam soluções condignas e que valorizem da profissão”, lamenta.
O responsável salienta que os enfermeiros trabalham maioritariamente por turnos, 24 horas por dia, 7 dias por semana, em contextos de grande complexidade, lidando com o sofrimento humano ininterruptamente, “quase sempre em contextos de escassez de profissionais, aumentando a pressão colocada sobre cada enfermeiro, obrigado a desempenhar mais e mais funções, a ter a seu cargo um número excessivo de doentes face ao que devia ser a realidade”
A direção do Sindicato dos Enfermeiros é hoje ouvida em sede de Comissão de Administração Pública, Ordenamento do Território e Poder Local sobre petição lançada em 2020 e que reuniu mais de 12 mil assinaturas.
PR/HN/Vaishaly Camões
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