Até à data, foram confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) 209 casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal, informa a DGS em comunicado, publicado no ‘site’.
Todas as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos, refere a autoridade de saúde, acrescentando que os doentes se mantêm em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis.
A maioria das infeções foram notificadas em Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve.
A DGS afirma que a informação recolhida através dos inquéritos epidemiológicos está a ser analisada para contribuir para a avaliação do surto a nível nacional e internacional.
A DGS continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias.
O diretor geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) disse na quarta-feira que já foram confirmados mais 1.000 casos de Monkeypox em 29 países não endémicos, e avisou que em algumas zonas já há transmissão comunitária.
Num documento publicado no ‘site’ sobre a doença, a DGS aconselha a quem tiver sintomas e sinais compatíveis com a doença, e sobretudo se tiver tido contacto próximo com alguém que possa eventualmente estar infetado, para entrar em contacto com centros de rastreio de infeções sexualmente transmissíveis, recorrer a serviços de urgência para aconselhamento e avaliação ou ligar para a Linha SNS 24 (808 24 24 24).
A DGS explica que a infeção pode ser transmitida de uma pessoa para outra através de contacto físico próximo, incluindo contacto sexual. “Atualmente não se sabe se o vírus Monkeypox pode ser transmitido através de sémen ou fluidos vaginais, mas o contacto direto, pele com pele, com lesões em práticas sexuais pode transmiti-lo”, sublinha no documento.
O contacto com vestuário pessoal, roupas de cama, atoalhados, objetos como talheres, pratos ou outros utensílios de uso pessoal contaminados também podem transmitir a infeção.
“As pessoas que interagem de forma próxima com alguém que está infetado, incluindo os profissionais da saúde, os coabitantes e os parceiros sexuais são, por conseguinte, pessoas com maior risco de lhes ser transmitida a doença”, lê-se no documento, acrescentando que “não está ainda suficientemente esclarecido se alguém infetado pelo vírus, mas que ainda não desenvolveu quaisquer sinais ou sintoma da infeção (portanto durante o período de incubação), pode transmitir o vírus”.
Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.
As lesões cutâneas geralmente começam entre um a três dias após o início da febre e podem ser planas ou ligeiramente elevadas, com líquido claro ou amarelado, e acabam por ulcerar e formar crostas que mais tarde secam e caem, refere a DGS.
LUSA/HN
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