Montenegro aponta “sinais graves” da degradação do SNS

12 de Junho 2022

O líder eleito do PSD considerou que o Serviço Nacional de Saúde apresenta “sinais graves de degradação e gera desconfiança aos cidadãos”, numa publicação no Twitter, em que responsabiliza os governos socialistas.

“Todos os dias o SNS [Serviço Nacional de Saúde] dá sinais graves de degradação e gera desconfiança aos cidadãos”, afirmou o presidente eleito do PSD, Luís Montenegro, na rede social Twitter, partilhando uma notícia sobre o encerramento da urgência de obstetrícia do Hospital de Braga por 24 horas.

O novo presidente do PSD, Luís Montenegro, eleito em 28 de maio, considerou que os portugueses estão a pagar “anos de cativações e birras ideológicas”, sendo o encerramento do serviço uma “demonstração objetiva do empobrecimento que os governos socialistas trazem a Portugal”.

O Hospital de Braga confirmou este sábado que vai fechar hoje, e durante 24 horas, a urgência de obstetrícia “pela impossibilidade completar escalas”, mas garante que “está a trabalhar” para que “a resposta seja garantida” junto de outras unidades.

Num comunicado enviado à agência Lusa, o conselho de administração do Hospital de Braga confirma parte da informação divulgada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM), apontando que pela “impossibilidade de se completarem as escalas de trabalho necessárias, o serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia estará encerrado desde as 08:00 de domingo até às 08:00 de segunda-feira”.

“Por sua vez, o conselho de administração não confirma o encerramento deste serviço no dia 18 de junho”, lê-se no comunicado, no qual a direção deste equipamento hospitalar garante estar envidar “diariamente todos os esforços” pata ultrapassar esta situação.

O SIM divulgou ontem, também em comunicado, que o Hospital de Braga vai fechar a urgência de obstetrícia hoje por falta de médicos para assegurar a escala.

No texto, o sindicato adiantava que na semana seguinte o cenário poder-se-á repetir, referindo que haverá “vários dias com a escala abaixo do número mínimo de médicos ginecologistas/obstetras necessários para um hospital de apoio perinatal diferenciado com mais de 2.500 partos anuais”.

No dia 18 de junho, salientava o SIM, “haverá novamente apenas dois médicos ginecologistas/obstetras escalados à noite, situação que inevitavelmente levará a novo encerramento da urgência de obstetrícia”.

LUSA/HN

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