Vacina da Pfizer apontada como segura e eficaz para menores de 5 anos

14 de Junho 2022

A agência norte-americana do medicamento (FDA) considerou na segunda-feira que a vacina anti-covid da Pfizer é segura e eficaz em crianças menores de cinco anos, antes de uma reunião para decidir o assunto, noticiou a AFP.

A FDA tem marcada uma reunião de especialistas para a próxima quarta-fera com o objetivo de decidir se recomenda, ou não, a vacina Pfizer (administrada em três injeções para crianças de seis meses a cinco anos) e a da Moderna (duas injeções para crianças de seis meses a cinco anos).

Segundo um relatório da FDA publicado na segunda-feira, as crianças menores de cinco anos são o único grupo etário ainda não elegível para a vacinação contra Covid nos Estados Unidos e na maioria dos países, mas a sua taxa de hospitalização e morte é “maior do que em crianças e adolescentes de 5 a 17 anos”.

Segundo o plano proposto, as duas primeiras injeções de Pfizer são administradas com três semanas de intervalo, e a terceira é administrada oito semanas após a segunda. As suas dosagens serão mais baixas do que as utilizadas para crianças maiores de cinco anos, bem como para as pessoas com 12 anos ou mais.

A Pfizer e a Moderna já tinham transmitido as suas descobertas em comunicados à comunicação social, mas a FDA teve que rever os dados e realizar a sua própria avaliação, tendo divulgado uma análise favorável para a Moderna na passada sexta-feira.

A avaliação sobre a Pfizer também se mostrou favorável, com base nos níveis de anticorpos bloqueadores de infeção nos participantes do estudo e num perfil de efeitos colaterais semelhante em grupos etários mais velhos.

Cerca de 4.500 crianças participaram do estudo.

Uma estimativa preliminar colocou a eficácia da vacina em 80,3%, mas a FDA ressalvou que essa percentagem foi baseada em poucos casos positivos – apenas 10, em comparação com os 21 procurados para uma estimativa mais precisa.

Existem quase 20 milhões de crianças norte-americanas com menos de cinco anos, ou seja, representam 6% da população.

Se, conforme esperado, especialistas indicados pela FDA recomendarem ambas as vacinas, o assunto transita de imediato para outro painel convocado pelos Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), que terá a palavra final.

Na semana passada, funcionários da Casa Branca avançaram que o lançamento de milhões de doses destas vacinas em farmácias e consultórios médicos poderia começar já em 21 de junho.

LUSA/HN

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