Em comunicado, Cristóvão Norte insta a tutela “para que dê orientação ao Centro Hospitalar do Algarve para que coloque ‘online’, em tempo real, a informação sobre as urgências abertas e fechadas”, assim como as especialidades oferecidas.
Para o líder do PSD Algarve, esta é uma forma de “prevenir deslocações desnecessárias que apenas causam angústia e sofrimento aos doentes e perdas de tempo que podem ser irreparáveis para os doentes”.
O serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia da Unidade Hospitalar de Portimão estará encerrado durante quase uma semana, por dificuldade em assegurar escalas, informou o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA).
“Devido à dificuldade em assegurar escalas na maternidade e no bloco de partos de Portimão, o Serviço de Urgência de Ginecologia/Obstetrícia da Unidade Hospitalar de Portimão vai encerrar” entre as 21:00 de terça-feira (ontem) e as 09:00 da próxima segunda-feira (20 de junho), anunciou a administração do centro hospitalar na segunda-feira à noite.
Segundo Cristóvão Norte, cada vez se assiste com maior frequência e em maior número de especialidades “ao fenómeno das urgências ‘iô-iô’, ora abertas, ora fechadas, com particular incidência” nos hospitais do Algarve.
“É comum, infelizmente, em especialidades como a obstetrícia, a pediatria, a ortopedia, entre outras, a urgência de Faro ou de Portimão encontrar-se desguarnecida – como tem sucedido nos últimos dias e vai suceder mais vezes, pois é um problema estrutural -, balouçando de um hospital para o outro sem que os cidadãos que necessitam de cuidados desse importante facto tenham conhecimento”, lê-se na nota.
Para o líder distrital dos sociais-democratas, “tal desconhecimento é da maior gravidade: está-se a vender gato por lebre, a garantir o acesso a um serviço que muitas vezes não existe, fazendo perigar vidas e acesso em tempo útil a quem dele necessita.”
O presidente do PSD Algarve exige, ainda, que se defina “de uma vez por todas, como melhor atuar perante escassos recursos para dar respostas às situações de emergência”, acusando o Governo de preferir “aparentar que tem as urgências em todo o lado”, quando realmente não as tem.
Nos últimos dias têm-se sucedido os encerramentos das urgências de ginecologia e obstetrícia um pouco por todo o país, por dificuldades em assegurar escalas.
Na segunda-feira a ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou um “plano de contingência” para fazer face ao problema até setembro.
LUSA/HN
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