Em comunicado, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) aponta a “doença súbita de dois profissionais” como motivo para o encerramento daquele serviço durante 24 horas, tendo acrescentado que “as grávidas devem dirigir-se/serão encaminhadas para o Hospital de Santarém, e, caso se justifique, para outras unidades hospitalares da região”.
Contactada pela Lusa, a administração do CHMT disse que a sua urgência de Ginecologia-Obstetrícia “vai estar em situação de contingência durante 24 horas, desde as 09h00 de dia 29 de junho até às 09h00 de dia 30 de junho, por motivo de doença súbita de dois médicos obstetras, cuja substituição não foi possível assegurar em tão curto espaço de tempo”.
Assim, e “devido a este imprevisto, a Maternidade do CHMT, localizada na Unidade de Abrantes, vai estar encerrada das 09h00 de dia 29 de junho, até às 09h00 de dia 30 de junho”, refere.
Questionada pelo procedimento de contingência, o CHMT disse que “as grávidas e utentes com patologia ginecológica urgente que se desloquem ao Serviço de Urgência de Ginecologia-Obstetrícia do CHMT serão transferidas para o Hospital Distrital de Santarém, num transporte de ambulância assegurado pelo CHMT, que contará com o acompanhamento de um enfermeiro especialista da instituição”.
Por outro lado, acrescenta a administração hospitalar presidida por Casimiro Ramos, “as situações de emergência inadiável serão asseguradas por um médico Obstetra que estará ao serviço durante todo o período de contingência”.
O CHMT disse ainda que esta “articulação” foi “previamente coordenada entre diversos Hospitais da região”, e que a mesma “faz parte da gestão cabal das urgências hospitalares no período de contingência atualmente vivido nesta área da Ginecologia-Obstetrícia”.
Segundo a administração hospitalar, o plano de contingência “foi estabelecido na primeira quinzena de junho e prevê um funcionamento solidário em rede entre os Hospitais da região”, nomeadamente o CHMT, Hospital Distrital de Santarém, Centro Hospitalar do Oeste, e Hospital de Vila Franca de Xira.
Nesse sentido, vincou, “o CHMT, os hospitais da região, a ARSLVT – Administração regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, e o CODU/INEM mantêm estreita articulação para garantir o normal funcionamento das urgências das maternidades da região, com toda a segurança para as utentes”.
Segundo fez notar o CHMT, o serviço e as escalas de Ginecologia-Obstetrícia “estiveram todas garantidas desde o início do mês de junho até a este constrangimento súbito”, tendo a instituição “assegurado a assistência médica aos utentes do Médio Tejo, como também a utentes de outras regiões – como Santarém, Portalegre, Castelo Branco ou Ponte de Sor”.
A ARSLVT, por sua vez, disse ainda que “poderão existir limitações em algumas unidades hospitalares”, dando que tal “significa que alguns hospitais, num determinado período do dia, poderão ativar o desvio de CODU/INEM, um mecanismo utilizado há anos na gestão da procura pelo SNS”, situação que vai ocorrer nesta situação.
“Os hospitais que, por períodos transitórios, acionam o desvio de CODU mantêm a urgência externa a funcionar, dando resposta a quem lá se dirigir pelos seus meios”, refere a ARSLVT, dando ainda conta que, “neste caso, as grávidas transportadas pelo CODU/INEM serão encaminhadas para outras unidades da região, as quais assegurarão a resposta e o funcionamento em rede”.
Segundo se pode ler no mesmo comunicado, “a ARSLVT, hospitais da região e o CODU/INEM mantêm estreita articulação para garantir o normal funcionamento das urgências das maternidades da região, com toda a segurança”, tendo feito notar que, “caso haja necessidade de encaminhar utentes, as equipas hospitalares articulam com o CODU/INEM, no sentido de identificar a unidade que naquele momento tem melhor capacidade de resposta”.
LUSA/HN
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