As novas variantes, BA.4 e BA.5, são ramificações da Ómicron, responsável por praticamente todos os casos de Covid-19 nos EUA, e são ainda mais contagiosas do que as antecessoras.
Os especialistas de saúde da Casa Branca destacaram a importância de receber doses de reforço, mesmo para aqueles que foram infetados recentemente.
“Atualmente, muitos americanos estão subvacinados, o que significa que não estão atualizados com as suas vacinas [contra a] Covid-19”, destacou Rochelle Walensky, diretora dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês).
Rochelle Walensky salientou que os EUA duplicaram o número de hospitalizações devido à Covid-19 desde abril, devido à disseminação das novas subvariantes, embora as mortes permaneçam estáveis, em torno das 300 por dia.
Já o principal especialista em doenças infecciosas do país, Anthony Fauci, realçou que, embora as novas variantes sejam preocupantes, com reforços, máscaras em espaços fechados e tratamentos, o país tem as ferramentas para evitar que sejam disruptivas.
“Não devemos deixar que isto atrapalhe nossas vidas, mas não podemos negar que é uma realidade com a qual precisamos lidar”, lembrou.
Anthony Fauci instou para que, mesmo aqueles que tenham tido Covid-19 recentemente, recebam uma dose de reforço.
Os EUA encomendaram 105 milhões dessas injeções atualizadas, que os estudos demonstram que fornecem melhor proteção contra a Ómicron, mas que apenas estarão disponíveis no outono.
Todos os norte-americanos com 5 ou mais anos devem receber a dose de reforço cinco meses após completarem o esquema vacinal primário, segundo os CDC.
Aqueles com 50 ou mais anos, ou os imunodepressivos, devem receber um segundo reforço quatro meses após o primeiro.
De acordo com os CDC, dezenas de milhões de norte-americanos elegíveis não receberam o primeiro reforço e, daqueles com mais de 50 anos que receberam o seu primeiro reforço, apenas 28% receberam o segundo.
Rochelle Walensky apontou ainda que os dados do CDC mostram que cerca de um terço dos norte-americanos vive em áreas que a agência classifica como de alto nível de disseminação de Covid-19, sendo recomendado o uso de máscaras em espaços públicos fechados.
Outros 41% vivem no nível “médio”, segundo o CDC, que recomenda que as pessoas considerem o seu próprio risco individual e utilizem máscara.
LUSA/HN
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