A organização sublinha, no entanto, que as complicações graves mantêm-se raras.
Desde sexta-feira que foram anunciadas duas mortes de pessoas que estavam infetadas com varíola, uma em Espanha e outra no Brasil, sem que se saiba se o vírus é, de facto, a causa do óbito.
O número de mortes registadas com varíola, desde maio, sobe assim para oito, com os primeiros casos a serem registados em África, onde a doença é endémica e foi detetada pela primeira vez em humanos em 1970.
“Tendo em conta a continuidade da propagação da varíola na Europa, prevemos mais mortes”, declarou num comunicado de imprensa uma das responsáveis do serviço de emergência da OMS para a Europa Catherine Smallwood.
O objetivo deve ser o de “interromper rapidamente a transmissão do vírus na Europa e colocar um fim a esta epidemia”, defende Catherine Smalwood que, salienta, no entanto, que a doença, na maioria dos casos, cura-se por si só, sem necessidade de tratamento.
“A notificação de mortes relacionadas com a varíola não altera a nossa avaliação da epidemia na Europa. Sabemos que, mesmo resolvida espontaneamente na maioria dos casos, a varíola pode levar a complicações graves”, apontou.
As autoridades espanholas não deram, até agora, a causa precisa da morte uma vez que aguardam os resultados da autópsia, enquanto as autoridades brasileiras destacam que o homem que faleceu “sofria de outras complicações graves”.
A OMS acionou, em 24 de julho, o nível mais alto de alerta, a emergência de saúde pública de interesse internacional, para reforçar a luta contra a varíola, também chamada de varíola dos macacos.
Segundo a OMS, mais de 18.000 casos foram detetados em todo o mundo, fora de África, desde o início de maio, sendo a maioria deles na Europa.
Por enquanto, diz a OMS, não há vacinas para todos e, por isso, recomenda que seja administrada aos casos prioritários como os que correm maior risco, que estão doentes, e aos seus cuidadores.
LUSA/HN
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