Cerca de 40% dos doentes dizem não ter qualquer acompanhamento médico para estas patologias; 60% não estão satisfeitos com os tratamentos que fazem e a maioria desconhece novos tratamentos disponíveis e procura acompanhamento médico no privado. Estes e outros dados serão apresentados e debatidos esta tarde na conferência “O Acesso aos Cuidados de Saúde na Enxaqueca e Cefaleias”, a partir das 17h30, no Auditório da Associação Nacional das Farmácias, em Lisboa, em parceria com a Sociedade Portuguesa de Cefaleias, a Sociedade Portuguesa de Neurologia, a European Migraine and Headache Alliance, a Associação Nacional de Farmácias e a Plataforma Saúde em Diálogo.
Até chegarem ao diagnóstico, cerca de 20% dos inquiridos visitaram quatro ou mais médicos, sublinhando-se ainda a dificuldade no acesso a consultas especializadas em cefaleias no SNS.
Em termos de medicação, 55% não dispõem de conhecimento sobre o tratamento com toxina botulínica e 70% sobre o tratamento com medicamentos biológicos. Das pessoas inquiridas que fazem tratamento preventivo, 30% iniciaram este procedimento mais de cinco anos após o diagnóstico.
Vinte e cinco por cento admitem que é difícil suportar o valor da consulta no privado, onde 20% suportam a totalidade dos custos.
O estudo alerta ainda que o rendimento médio dos doentes não é compatível com o valor dos novos fármacos preventivos e que a maioria não tem acesso aos medicamentos de que carece, sendo que o baixo rendimento está associado à dificuldade de acesso a consulta especializada e acompanhamento pelo médico de família.
O estudo “Acesso aos Cuidados de Saúde na Enxaqueca e Cefaleias” inquiriu 596 pessoas com enxaqueca ou outras cefaleias, 64% com seguro ou plano de saúde.
PR/HN/RA
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