PCP quer ouvir na AR organizações de médicos e enfermeiros sobre encerramento de maternidades

27 de Setembro 2022

O PCP requereu hoje a audição urgente no parlamento do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, da Federação Nacional dos Médicos e da Associação Portuguesa dos Enfermeiros Obstetras sobre o encerramento de maternidades que tem ocorrido nos últimos meses.

Num requerimento, os comunistas Paula Santos e João Dias requerem a audição com urgência destas três entidades e também do Movimento Democrático das Mulheres na Comissão de Saúde.

O Grupo Parlamentar do PCP sustenta que a saúde materna está “confrontada com problemas crescentes para os quais urge dar resposta”, nomeadamente nos serviços de urgência de obstetrícia e ginecologia, e nos blocos de partos, “que um pouco por todo o país encerram temporariamente” por falta de profissionais.

O partido cita o coordenador da comissão de acompanhamento desta situação, Diogo Ayres de Campos, que disse, em entrevista à Renascença no início de setembro, que a única maneira de resolver o problema é “concentrar recursos”, uma vez que há uma carência de 200 obstetras no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

“Isto significa, certamente, que uma das propostas da comissão será a de sugerir ao Governo o encerramento de maternidades um pouco por todo o país, ou seja, só serão encerradas por falta de recursos humanos, não é que as maternidades não façam falta para atender à população, o que falta são médicos”, argumenta a bancada comunista.

O encerramento de maternidades – continuam os deputados – tem “implicações não só no acesso aos cuidados por parte da população”, mas também diz respeito “aos próprios profissionais que serão forçados a abandonar uma instituição” para integrarem outra.

 “Ambas as situações, seja o encerramento de maternidades ou o seu funcionamento sem o número adequado de profissionais, prejudicam gravemente os cuidados de saúde à população […] a única solução é reforçar o SNS no que respeita aos profissionais e meios adequados, e não o encerramento ou a manutenção ou agravamento da atual situação”, concluem os comunistas.

LUSA/HN

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