A vontade de levar alegria às crianças hospitalizadas partiu de um grupo de profissionais das artes do espetáculo, os doutores palhaços. A tarefa é assumida por artistas profissionais, aceites nos hospitais como parte da equipa.
“É sempre um momento muito esperado porque é o momento da distração, da brincadeira”, contou à agência Lusa a enfermeira Palmira Silva, do Hospital Dona Estefânia, uma das unidades parceiras na iniciativa, em Lisboa.
Para a enfermeira, este é “um projeto ganho”, que tem proporcionado “muita alegria” e que contribui para a humanização dos cuidados de saúde. “Há crianças que passam anos internadas”, frisou.
Todas as semanas, a operação está em curso e passa por diversas unidades hospitalares. No Hospital Dona Estefânia funciona ininterruptamente desde 2002, segundo a enfermeira.
Pensado para ser um projeto de inclusão, abrange os pais das crianças internadas e o pessoal hospitalar: “Há aqui um envolvimento de todas as partes. Quase os consideramos como parte da equipa. Ajuda-nos a aliviar o nosso dia-a-dia”.
A intervenção dos palhaços passa por praticamente todas as unidades, incluindo o bloco operatório. Fazem rir, mas também confortam na dor quando é preciso sujeitar as crianças a intervenções invasivas ou mais dolorosas.
Para a enfermeira, o balanço da Operação Nariz Vermelho é “muito positivo”.
“Compasso de Palhaço – Pequena Sinfonia para as Horas Vagas” é a peça que assinala os 20 anos da iniciativa e na qual os artistas retratam a vida dos doutores palhaços fora do horário de serviço. Estará em palco no Centro Cultural de Belém de 27 a 30 de outubro, com sessões para escolas e público em geral.
LUSA/HN
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