Em Braga, na abertura do 13.º Encontro Nacional das Unidades de Saúde Familiar (USF), Pizarro disse ainda que o objetivo é conseguir que “cada português tenha direito a uma equipa de saúde familiar”.
“Os cuidados de saúde primários são centrais no sistema de saúde português”, afirmou.
O ministro admitiu que é preciso, nomeadamente, resolver o problema da “omnipresença da burocracia” e das falhas informáticas e de material.
Defendeu também que é preciso encontrar “uma forma ágil” de fazer a substituição de profissionais.
Em relação a instalações e equipamentos, lembrou que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) prevê uma verba de 366 milhões de euros para a construção de 100 novas USF e para a remodelação de outras 150.
“Precisamos de acarinhar e generalizar os cuidados de saúde primários, com melhor organização, mais profissionais e melhores condições (…). Temos de criar condições para que todos tenham uma equipa de saúde familiar”, referiu.
Neste encontro, foi divulgado um estudo da Associação Nacional de Unidades de Saúde Familiar (USF AN), que denuncia a “falta de prioridade” dada aos cuidados de saúde primários.
O presidente da associação, André Biscaia, aponta como principais queixas dos profissionais a dimensão das listas de utentes, as falhas informáticas e de material básico e a dificuldade na “subida de escalão” das USF.
“É preciso autorização e cumprir uma série de objetivos. Há algumas que estão há 14 anos à espera de passarem de A para B, mesmo com tudo aprovado”, criticou.
Disse ainda que é preciso haver incentivos para a fixação de profissionais em zonas como Lisboa ou Algarve, onde as rendas de casa “são mais caras”.
“Sem incentivos, os concursos ficam vazios”, alertou.
NR/HN/LUSA
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