“Desde o início da disponibilidade de vacinas (a 16 de julho) e até 09 de novembro, dados reportados pelas regiões de Portugal continental indicam que foram vacinadas um total de 1.190 pessoas, das quais 614 pessoas em contexto de vacinação preventiva”, refere o relatório da DGS sobre a doença.
De acordo com a autoridade de saúde, a imunização contra o vírus VMPX visa a “redução das cadeias de transmissão e o controlo do surto, com enfoque na vacinação preventiva nos grupos com risco a crescido de infeção”.
No início da semana, a DGS alargou os grupos de pessoas de risco acrescido elegíveis para a vacinação preventiva contra a Monkeypox, incluindo como critério a “história de múltiplos parceiros sexuais nos últimos seis meses”.
A revisão dos critérios de elegibilidade para a vacinação pré-exposição ao vírus (preventiva) de pessoas com 18 ou mais anos e que nunca tenham sido diagnosticadas com esta infeção constou de uma atualização da norma da DGS publicada na segunda-feira.
A única vacina disponível no mercado internacional para a Monkeypox é de terceira geração contra a varíola, produzida pela empresa Bavarian Nordic, e que é comercializada com a designação de Jynneos nos Estados Unidos e de Imvanex na Europa.
O relatório hoje divulgado indica que já foram confirmados laboratorialmente 948 casos de infeção em Portugal, quatro dos quais no período entre 27 de outubro e 11 de novembro, todos em homens.
A presença do vírus VMPX em Portugal foi detetada em 03 de maio, quando foram confirmados os primeiros cinco casos de contágio.
A DGS refere ainda que já foram reportadas 885 infeções no Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVEmed), “mantendo-se o perfil da maioria dos casos”, ou seja, 44% do grupo etário entre os 30 e 39 anos e 99% do sexo masculino, tendo sido registados ainda nove casos em mulheres.
O documento salienta que a “tendência decrescente do número de novos casos” reflete uma desaceleração da transmissão do VMPX, mas alerta que os contágios registados nas últimas duas semanas ainda “confirmam a circulação do vírus entre a população de maior risco”.
“Este padrão também é observado nos restantes países a nível global, em que continuam a ser identificados novos casos entre a população mais afetada. Embora tenha havido uma redução progressiva de casos reportados desde julho de 2022, não se encontra ainda controlado o surto”, avança a DGS.
LUSA/HN
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