A obra de ampliação, que liga a atual casa ao edifício contíguo, também cedido pela Câmara Municipal de Lisboa, foi iniciada em junho e tem a duração prevista de um ano.
Segundo a associação, a obra está a seguir a um “bom ritmo”, mas para a sua conclusão ainda são necessários 1,5 milhões de euros.
“Neste momento, está a terminar a fase de demolição no edifício novo e a ser preparado o antigo para que os dois possam ser unidos”, refere a associação em comunicado.
Para angariar esta verba, a Acreditar lançou uma campanha de angariação de fundos com o mote “Ajuda-nos a fazer os trabalhos da Casa?”.
Em declarações à agência Lusa, a diretora-geral da Acreditar, Margarida Cruz, adiantou que “as necessidades adicionais de alojamento das crianças e jovens com cancro que se deslocam para tratamento ditaram a mobilização da Acreditar para poder proporcionar-lhes uma casa maior”.
“O meu desejo é o de que os portugueses se sintam igualmente interpelados e motivados para ajudarem a construir esta casa, que só com o envolvimento de todos dará o conforto que é tão necessário para ajudar na doença”, afirmou Margarida Cruz.
Aos atuais 12 quartos da Casa Acreditar de Lisboa, juntam-se outros 20, o que permitirá acolher, gratuitamente, até 32 famílias em simultâneo.
As crianças e jovens com doença oncológica são acompanhados nos hospitais de referência situados em Lisboa, Porto e Coimbra. Qualquer família que não viva nestas cidades tem sempre de se deslocar, podendo permanecer nas Casas Acreditar o tempo necessário até os filhos concluírem os tratamentos.
A maior parte das famílias que fica alojada na casa de Lisboa é oriunda da Madeira, Açores, Algarve e Alentejo, mas também dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), ao abrigo dos acordos de cooperação com o Estado, ficando, em média, dois anos na Casa.
Com a ampliação da casa, localizada junto ao IPO de Lisboa, passam também a poder ser acolhidos jovens adultos até aos 25 anos, população que a Acreditar tem acompanhado mais recentemente.
“Pela Casa Acreditar de Lisboa já passaram 436 famílias, desde que entrou em funcionamento, em 2003, e a pressão para receber mais famílias é muita”, refere a associação.
A Casa de Lisboa foi a primeira das três casas residenciais construídas pela Acreditar, seguindo-se a de Coimbra e, mais tarde, a do Porto. Todas elas ficam situadas junto aos hospitais e têm quartos com casa de banho privativa, cozinha comum, várias salas de estar, lavandaria e espaços exteriores.
A Acreditar existe desde 1994 com o objetivo de minimizar o impacto da doença oncológica na criança, no jovem e na sua família.
LUSA/HN
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