O continente de 1,3 mil milhões de pessoas assistiu a um aumento de 37% de novos casos na última semana, disse hoje Ahmed Ogwell, diretor interino do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (África CDC), organismo da União Africana.
“Nas últimas quatro semanas houve um aumento de 11% em novos casos”, disse.
“A Covid-19 ainda está muito presente aqui e, de facto, quando olhamos para os números, vemos que há alguns Estados que estão realmente a entrar numa nova onda e estamos a monitorizar isso de perto”, referiu.
E adiantou: “Quando tivermos uma análise clara, na próxima semana, poderemos informar se as novas ondas estão a aguentar ou se estas foram rapidamente controladas”.
Ogwell não mencionou que países enfrentam uma nova onda de infeções, mas a África do Sul é um deles. A economia mais avançada de África tem sido a mais afetada pela pandemia e regista a maioria de casos confirmados e de mortes.
A Covid-19 infetou 12,1 milhões de pessoas nas 54 nações africanas, representando 2% dos casos a nível mundial e pelo menos 256 mil pessoas morreram, de acordo com os números do África CDC.
As taxas de vacinação em África continuam a ser baixas, em grande parte devido à escassez de abastecimento e também devido à hesitação de algumas pessoas.
Apenas 25% da população africana está totalmente vacinada e menos de 3% recebeu doses de reforço.
“Estamos a ver os números a aumentar”, disse Ogwell, defendendo que as autoridades sanitárias nacionais devem concentrar-se em testar mais pessoas para a Covid-19.
“Quando vemos os números a aumentar e os testes relativamente baixos, é uma indicação de que precisamos de ter cuidado em público”, disse, acrescentando: “E também precisamos de nos vacinar para evitar doenças graves e mesmo a morte, quando se é exposto à covid-19. Sabemos o que precisamos de fazer”.
LUSA/HN
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