Ministro diz que não entra em batalhas sobre números de adesão à greve

18 de Novembro 2022

O ministro da Saúde afirmou esta sexta-feira que não vai “entrar numa batalha” sobre os números de adesão à greve da administração pública, destacando o acordo realizado com a “esmagadora maioria” dos sindicatos dos enfermeiros sobre a revalorização da carreira.

“Acho que esse é um esforço muito significativo em favor do Serviço Nacional de Saúde e da mais numerosa das suas carreiras profissionais e quanto ao resto não vou entrar numa batalha sobre números de adesão à greve”, frisou Manuel Pizarro, em resposta aos jornalistas à margem da cerimónia de abertura do 31.º Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas.

Segundo dados do coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, a adesão à greve nacional da administração pública, que hoje decorre, foi superior aos 80% no turno da noite, com perturbações na recolha de resíduos sólidos em todo ao país e apenas serviços mínimos nos hospitais.

Sobre o efeito da greve da área da saúde, Sebastião Santana disse que o impacto mostra a luta dos trabalhadores num setor em que há milhares que “trabalham no Serviço Nacional de Saúde e ganham o salário mínimo com 30 anos de serviço”.

Insistindo que não iria “alimentar o debate dos números” de adesão à paralisação, Manuel Pizarro afirmou que o Governo está “muito consciente” de que fez um acordo “muito importante de concertação social”.

“Fizemos já um acordo com uma das centrais sindicais e com os sindicatos afetos a essa central sindical para os temas gerais da função pública e fizemos um acordo com a esmagadora maioria dos sindicatos dos enfermeiros sobre a revalorização da carreira dos enfermeiros que vai conduzir a que, ainda este ano, cerca de 20.000 enfermeiros vejam reforçada a sua posição remuneratória com o pagamento retroativo a janeiro de 2022”, disse o governante.

Para o ministro, o que “é relevante” é o Governo ter essa consciência de que está a fazer “o que é necessário para valorizar os trabalhadores da função pública em geral e os trabalhadores do setor da saúde, em particular”.

LUSA/HN

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