“Queremos saber o que o Ministério da Saúde está a fazer e que planos tem para este momento em que parece claro que estamos diante do início de uma nova onda de covid”, disse o senador Humberto Costa, da equipa de transição do novo Governo.

“Não podemos tomar decisões, mas podemos identificar pontos sensíveis e medidas necessárias, bem como negociar, articular, reivindicar e exigir as atitudes necessárias”, acrescentou o senador, que foi ministro da Saúde no primeiro dos dois mandatos de Lula da Silva (2003 a 2010).

O Brasil tem sido um dos países mais atingidos pela pandemia no mundo, acumulando quase 690 mil mortes e mais de 35 milhões de infeções até agora, e nas últimas semanas registou forte retoma de casos.

Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, nos primeiros 20 dias de novembro o número de infeções ultrapassou 95 mil, número que indica um aumento de 292% face ao mês anterior.

O número de óbitos, no entanto, não aumentou no mesmo ritmo, mas se manteve na média de 45 por dia nas últimas duas semanas.

O aumento de casos foi atribuído por instituições científicas a um relaxamento da vacinação, pelo Governo de Jair Bolsonaro, líder conhecido pela postura negacionista na pandemia, que desdenhou da eficácia dos imunizantes.

O próprio Presidente, derrotado nas eleições de outubro passado por Luiz Inácio Lula da Silva, vangloria-se de não ter sido vacinado e tem sido uma das principais vozes contra a imunização.

LUSA/HN