“Prémio Científico HFF 2022” distingue investigadores do Hospital Fernando Fonseca

28 de Novembro 2022

O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF), através da sua academia, realizou, na passada quinta-feira, a cerimónia de entrega do “Prémio Científico HFF 2022”.

Na categoria de “Melhor Trabalho de Investigação”, Inês Fialho e colaboradores, do Serviço de Cardiologia, foram distinguidos pelo projeto “Prognostic Effect of diuretic response in acute heart failure patients”. Na categoria de “Melhor Caso Clínico”, o prémio foi atribuído a João Serôdio e colaboradores, do Serviço de Medicina 4, pelo trabalho “Hepatic Fascioliasis as an important differential diagnosis to cholangiocarcinoma”.

O “Prémio Científico HFF” visa divulgar os melhores trabalhos científicos efetuados no ano anterior no hospital e estimular a investigação clínica.

Inês Fialho mostra-se grata e refere que “este prémio é o reconhecimento do trabalho e da dedicação de todos/as os investigadores/as envolvidos/as”. E explica: “Esta investigação pretende avaliar a resposta à terapêutica diurética nos doentes com insuficiência cardíaca, uma questão frequente na nossa prática clínica e com implicações práticas na gestão dos/as nossos/as doentes”.

Também Mónica Lopes, interna de Medicina Interna e coautora do caso clínico premiado com João Serôdio, e em sua representação, mostrou o seu contentamento pela distinção recebida, mencionando: “É uma valorização dos projetos que levamos a cabo aqui no hospital”. “O trabalho retrata um caso em que o diagnóstico diferencial alterou, de forma importante, a abordagem e prognóstico do doente”, explica Mónica Lopes.

A cerimónia de entrega de prémios foi conduzida por Ana Valverde e Diana Sousa Mendes. Ana Valverde, presidente do júri dos prémios, coordenadora da Unidade de Investigação Clínica e diretora clínica do hospital, representou também o Conselho de Administração nesta iniciativa. Além da Unidade de Investigação Clínica, a Academia HFF integra a Unidade de Formação e Ensino, liderada por Diana Sousa Mendes, igualmente membro do júri dos prémios científicos.

Antes da divulgação dos trabalhos premiados, Diana Sousa Mendes começou por dar os parabéns a todos os candidatos e por referir que espera que este seja o primeiro ano de muitos deste que é, agora, o “Prémio Científico do HFF”.

“Esta edição correu muito bem. Os trabalhos apresentados eram de muita qualidade. Contamos com todos para a edição de 2023. Sejam motivadores para os vossos pares, de forma a todos os grupos profissionais estarem envolvidos na investigação do nosso hospital, a realizarem mais trabalhos e a publicarem de forma mais regular. Assim, contribuímos todos/as para a melhoria da prestação de cuidados, a motivação das nossas equipas e a saúde dos nossos doentes”, disse.

Depois da entrega dos prémios e no encerramento da cerimónia, Ana Valverde afirmou: “Agradeço a todos/as os/as colegas do júri, aos/às candidatos pelo vosso contributo para a cultura científica no nosso hospital. Às/aos candidatos, obrigada pelo vosso interesse e por dedicarem tempo à investigação, além da prestação de cuidados, que bem sabemos o quão exigente é. A atividade científica faz parte do desempenho de um profissional de saúde. Faz-nos crescer e, por isso, os hospitais devem ser um local privilegiado para fazer investigação.” E conclui: “Confiamos que esta é a primeira edição de muitas. Cabe a todos vós continuar o que foi agora iniciado.”

Nesta edição do “Prémio Científico do HFF”, foram apresentados a concurso 13 trabalhos, entre os quais quatro casos clínicos. O júri selecionou seis trabalhos de investigação e quatro casos clínicos para a fase final, que foram apresentados publicamente no auditório.

Além dos prémios “Melhor Trabalho de Investigação” e “Melhor Caso Clínico”, foram ainda entregues duas menções honrosas aos trabalhos de investigação intitulados: “Enfarte agudo do miocárdio no YouTube – is it all fake news?”, de autoria de Inês Fialho e colaboradores, do Serviço de Cardiologia; e “Tromboembolismo venoso em tempo de pandemia”, da autoria de Mónica Lopes e colaboradores, do Serviço de Medicina 4; assim como aos casos clínicos “Síndrome de DRESS em doente polimedicado – o desafio diagnóstico”, da autoria de Aurora Monteiro e colaboradores, do Serviço de Medicina 4; e “Cangrelor as antiplatelet bridging therapy in non-cardiac surgery after percutaneous coronary intervention – first-time use in Portugal”, da autoria de Inês Fialho e colaboradores, do Serviço de Cardiologia.

PR/HN/RA

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