O documento hoje apresentado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) dá conta de uma tendência decrescente do número de novos casos por VIH desde 2000.

O relatório indica que foram diagnosticados 1.803 novos casos de infeção por VIH no biénio 2020 – 2021, 870 dos quais em 2020 e 933 em 2021.

O documento revela que 63,6% dos novos casos foram registados jovens adultos entre os 25 e os 49 anos, sendo que 27,6% tinha 50 ou mais anos. Em 2020 e 2021 foram registados apenas quatro casos de infeção por VIH em crianças.

“Embora a transmissão heterossexual se mantenha como a mais frequente (51,8%), os casos em homens que têm sexo com homens (HSH) corresponderam à maioria dos novos diagnósticos em homens (56,0%). A taxa de novos diagnósticos de VIH foi mais elevada nos residentes na Área Metropolitana de Lisboa, seguida da região do Algarve”, lê-se na nota divulgada pela DGS.

Nos últimos dois anos foram comunicados 298 óbitos.

Os dados apontam para uma diminuição de 44% no número de novos casos de infeção por VIH e de 66% em novos casos de SIDA entre 2012 e 2021.

Em Portugal foram identificados, desde e 1983 até 31 de dezembro de 2021, 64 257 casos de infeção por VIH, dos quais 23 399 atingiram o estádio de SIDA e ocorreram 15 555 óbitos.

O relatório sobre a evolução da infeção em Portugal, que é apresentado na semana em que se assinala o Dia Mundial da SIDA.

HN/Vaishaly Camões