“Estamos satisfeitos por ver que as autoridades chinesas estão a ajustar as suas estratégias e a tentar realmente calibrar as medidas de controlo com as pessoas, as suas vidas e os seus direitos humanos” disse Mike Ryan, gestor de emergência da OMS, numa conferência de imprensa em Genebra.
“Todos tivemos de lidar com restrições de movimento que mudaram as nossas vidas, francamente é cansativo para todos, por isso há uma frustração natural e é fundamental que os governos ouçam o seu povo”, acrescentou, citado pela agência EFE.
A revolta do povo chinês perante a resposta das autoridades no combate à pandemia saiu às ruas no último fim de semana, numa escala que não se via há décadas.
As autoridades reagiram rapidamente, aumentando a presença policial e reforçando a vigilância das redes sociais.
Entretanto, várias cidades começaram a aliviar as restrições, nomeadamente abandonando os testes diários em massa, uma das regras mais fastidiosas da política “zero covid”, em vigor há três
O responsável da OMS disse, no entanto, que “cada país deve enfrentar a luta contra as doenças infecciosas de acordo com a sua avaliação de risco e os instrumentos à sua disposição” e, no caso da China, um dos grandes desafios era a baixa taxa de vacinação, que está a começar a aumentar.
Esta sexta-feira, o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping, que impôs até agora a política de “zero covid”, argumentou que a variante menos mortal do vírus ómicron permite “mais flexibilidade” nas restrições.
Por sua vez, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado pela agência France-Presse, voltou a alertar para o perigo permanente de uma pandemia que ainda não terminou.
“Estamos muito mais perto de poder dizer que a fase de emergência da pandemia terminou, mas ainda não chegámos lá”, sublinhou em conferência de imprensa.
LUSA/HN
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