“Aquilo que esperamos é que na próxima reunião, no início de janeiro, o processo negocial avance”, adiantou à Lusa o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnósticos e Terapêutica (STSS), após o encontro de terça-feira com o Ministério da Saúde.
Segundo Luís Dupont, a reunião serviu para os sindicatos apresentarem ao Governo as matérias que querem ver negociadas, ficando remetida para o próximo mês a definição do protocolo negocial.
“Isso para nós é fundamental até porque, da parte dos trabalhadores, há um grande descontentamento relativamente a algumas matérias, como a atribuição dos pontos e a contagem do tempo de serviço”, adiantou o dirigente sindical.
De acordo com o presidente do STSS, há “urgência na resposta por parte do Governo” e o sindicato não abdica de incluir nas negociações a atribuição de 1,5 pontos por cada ano, independentemente do vínculo laboral, o reconhecimento de todo o tempo de trabalho dos TSDT e a atualização da tabela salarial.
“Gostaria de hoje de ter tido outras respostas, enquanto representante sindical”, lamentou ainda Luís Dupont.
Na sequência da marcação da reunião, o STSS suspendeu as concentrações que estava a realizar à porta de vários hospitais do país, que serviram para pedir a retoma das negociações com a nova equipa do Ministério da Saúde.
No final de outubro, numa audição na Comissão de Saúde da Assembleia da República, Luís Dupont alertou que a “paciência destes trabalhadores” estava a esgotar-se, perante o “silêncio” do Governo aos pedidos de retoma das negociações.
“A aparente paciência destes trabalhadores está a esgotar-se e a paz social pode, no seio dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, ser difícil de manter”, salientou na altura o dirigente sindical.
LUSA/HN
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