Técnicos de diagnóstico querem urgência nas negociações com o Governo sobre a carreira

14 de Dezembro 2022

Sindicatos dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica (TSDT) e Governo voltam a reunir-se no início de janeiro para analisar os termos das negociações, que consideram urgentes face ao “descontentamento” desses profissionais de saúde.

“Aquilo que esperamos é que na próxima reunião, no início de janeiro, o processo negocial avance”, adiantou à Lusa o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnósticos e Terapêutica (STSS), após o encontro de terça-feira com o Ministério da Saúde.

Segundo Luís Dupont, a reunião serviu para os sindicatos apresentarem ao Governo as matérias que querem ver negociadas, ficando remetida para o próximo mês a definição do protocolo negocial.

“Isso para nós é fundamental até porque, da parte dos trabalhadores, há um grande descontentamento relativamente a algumas matérias, como a atribuição dos pontos e a contagem do tempo de serviço”, adiantou o dirigente sindical.

De acordo com o presidente do STSS, há “urgência na resposta por parte do Governo” e o sindicato não abdica de incluir nas negociações a atribuição de 1,5 pontos por cada ano, independentemente do vínculo laboral, o reconhecimento de todo o tempo de trabalho dos TSDT e a atualização da tabela salarial.

“Gostaria de hoje de ter tido outras respostas, enquanto representante sindical”, lamentou ainda Luís Dupont.

Na sequência da marcação da reunião, o STSS suspendeu as concentrações que estava a realizar à porta de vários hospitais do país, que serviram para pedir a retoma das negociações com a nova equipa do Ministério da Saúde.

No final de outubro, numa audição na Comissão de Saúde da Assembleia da República, Luís Dupont alertou que a “paciência destes trabalhadores” estava a esgotar-se, perante o “silêncio” do Governo aos pedidos de retoma das negociações.

“A aparente paciência destes trabalhadores está a esgotar-se e a paz social pode, no seio dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, ser difícil de manter”, salientou na altura o dirigente sindical.

LUSA/HN

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