Torres Vedras recomenda ao Governo investimento de 10 ME nos cuidados de saúde

17 de Dezembro 2022

A Assembleia Municipal de Torres Vedras aprovou na noite de quinta-feira uma recomendação ao Governo apresentada pelo PSD para que sejam investidos 10 milhões de euros na melhoria dos cuidados de saúde na região.

A recomendação, a que a agência Lusa teve acesso, foi aprovada por maioria, com PS e PSD a favor, independentes, CDS-PP e Chega a absterem-se e PCP a votar contra.

A recomendação propõe a implementação do Programa de Emergência e Salvaguarda dos Cuidados de Saúde no Oeste (PESCO), com uma dotação orçamental previsível de 10 milhões de euros, para obras de recuperação dos hospitais existentes, estímulos à fixação de médicos e construção de um novo hospital.

Para tal, são propostos um reforço dos recursos humanos nos hospitais e centros de saúde, a ampliação da rede de cuidados domiciliários e melhorias nas parcerias público-privadas para a realização de meios complementares de diagnóstico e de terapêutica e para a redução do tempo de espera, bem como a implementação de um sistema de intervenção comunitária na área da prevenção da doença e promoção da saúde.

Para captar profissionais de saúde, o PESCO prevê dois milhões de euros, bem como incentivos de natureza pecuniária e não pecuniária.

Dos 10 ME, 7 ME devem ser aplicados em obras de reabilitação da unidade de Torres Vedras do Centro Hospitalar do Oeste (CHO).

O PESCO propõe também um investimento de um milhão de euros na modernização das Unidades de Saúde Familiares, ao nível dos cuidados primários, bem como a reorganização do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Oeste Sul e o rejuvenescimento da estrutura orgânica do conselho de administração do CHO.

É também defendida a construção de um novo hospital, mas no concelho de Torres Vedras, considerando que, nos últimos 20 anos, a população servida pela unidade de Torres Vedras do CHO cresceu 27% (mais 47 mil cidadãos) e a servida pela de Caldas da Rainha se manteve estável.

Na apresentação do programa, o deputado do PSD Luís Carlos Lopes alertou que 70% das horas asseguradas no Centro Hospitalar do Oeste correspondem a serviços externos e que 38 mil utentes dos 79 mil estão sem médico de família neste concelho do distrito de Lisboa, após reuniões da comissão municipal de saúde com a administração do CHO e com a direção do ACES Oeste Sul.

NR/HN/LUSA

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