“Tudo estará preparado para, se e quando for necessário, adotarmos as medidas de controlo que venham a ser julgadas necessárias”, assegurou.
Vários países, incluindo Estados-membros da União Europeia como Espanha, Itália, França ou Suécia, anunciaram nos últimos dias o estabelecimento de medidas de controlo nos aeroportos para viajantes com origem na China, para prevenir a entrada de portadores do vírus que provoca a doença da covid-19.
Questionado hoje pelos jornalistas no final de uma visita ao Hospital Doutor Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra) se Portugal tenciona fazer o mesmo, o ministro da Saúde afirmou que “é uma medida que está a ser equacionada e está a ser preparada”.
“Quando a anunciarmos temos que estar preparados para a adotar de imediato”, explicou.
Manuel Pizarro adiantou que o Ministério da Saúde está em “estreito contacto” com os outros países da União Europeia, com as organizações sanitárias internacionais e, no contexto português, a trabalhar em conjunto com o Ministério da Administração Interna e o Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O Governante destacou “a elevadíssima taxa de cobertura vacinal” contra a covid-19 em Portugal, que “dá uma segurança e uma proteção muito significativa”, mas admitiu que isso não significa que não exista a “possibilidade de recrudescimento da pandemia, nomeadamente face à situação pandémica que se vive na China”.
A União Europeia absteve-se em 29 de dezembro de seguir a decisão de vários países de exigir testes à covid-19 aos viajantes provenientes da China que chegam aos seus aeroportos, mas prometeu manter-se vigilante e pronta a agir em conjunto.
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla em inglês) indica hoje na sua página oficial que, juntamente com os Estados-membros da União Europeia e a Comissão Europeia, aumentou as suas atividades de acompanhamento após o número de casos de covid-19 ter atingido um nível recorde na China continental, com um pico em 02 de dezembro de 2022.
O Centro refere igualmente estar a trabalhar em estreita colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS)/Europa e a OMS/Sede, sublinhando estar em contacto regular com o Centro Chinês de Controlo e Prevenção de Doenças (China CDC) e com os principais CDC a nível mundial.
O número de casos de covid-19 atingiu um nível recorde na China continental, com um pico em 02 de dezembro de 2022 e nas últimas três semanas, a incidência diminuiu, provavelmente também devido a um mais pequeno número de testes realizados, resultando em menos infeções sendo detetadas, segundo o ECDC.
Após restrições rigorosas de viagem no auge da pandemia, a União Europeia regressou este outono a um sistema pré-pandemia de viagens livres, mas os países-membros concordaram que um “travão de emergência” pode, se necessário, ser ativado num curto período de tempo para enfrentar um desafio inesperado.
A covid-19 é uma doença respiratória infecciosa causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado há três anos na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, tendo assumido várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras.
A doença é uma emergência de saúde pública internacional desde 30 de janeiro de 2020 e uma pandemia desde 11 de março de 2020.
LUSA/HN
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