“Foram recrutados, de imediato, dois novos enfermeiros para a urgência. Contudo, a administração precisa de fazer um melhor diagnóstico sobre a necessidade de mais enfermeiros”, indicou à agência Lusa o dirigente sindical.
José Carlos Martins falava no final de uma reunião com a administração do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), no mesmo dia em que os enfermeiros da unidade hospitalar cumpriram duas horas de greve em protesto contra a falta de profissionais.
Numa resposta por correio eletrónico a questões colocadas pela Lusa, o Gabinete de Comunicação e Marketing do HESE assinalou que o conselho de administração do hospital de Évora iniciou funções na segunda-feira.
Quanto ao encontro, a mesma fonte da unidade hospitalar limitou-se a adiantar que foi agendada a realização de “uma reunião no dia 24” para a “análise dos assuntos apresentados” pelos dirigentes sindicais.
Assinalando que na reunião houve abertura por parte dos elementos do conselho de administração do HESE para a resolução dos problemas, o presidente do SEP confirmou que foi marcada um novo encontro para o dia 24.
“Das duas, uma: ou há colegas no hospital com mais experiência para irem para o serviço de urgência ou, então, têm que ser recrutados e alocados mais enfermeiros para a urgência e é isso que esperamos da administração no dia 24”, afirmou.
O sindicalista avisou que “são necessários bastante mais” enfermeiros, pois, com a contratação destes dois profissionais, a equipa da urgência passa a ter 80, insistindo que continuam em falta cerca de 20 enfermeiros para serem cumpridos “os rácios que estão estipulados”.
Convocada pelo SEP para todos os enfermeiros do hospital de Évora, a greve de duas horas ocorreu entre as 10:30 e as 12:30, período durante o qual cerca de 50 profissionais se concentraram junto à entrada principal da unidade hospitalar.
Nas declarações aos jornalistas, o presidente do SEP indicou, então, que cada enfermeiro que exerce funções nos serviços de urgência do HESE “tem 50 a 60 horas extraordinárias por mês a mais no horário e cerca de 30 feriados e tolerâncias não gozadas”.
“Isto significa que os tempos de repouso e descanso são altamente insuficientes”, o que “coloca em questão a qualidade e a segurança dos cuidados prestados e dos próprios profissionais”, alertou.
LUSA/HN
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