Numa declaração distribuída na segunda-feira, a OMS refere que além da Indonésia, Gâmbia e Uzbequistão, onde se registaram os óbitos, sobretudo de crianças, há mais quatro países – Timor-Leste, Filipinas, Senegal e Camboja -, em que apesar de não haver provas da presença dos xaropes contaminados verificam-se “riscos potenciais” disso se verificar.
Perante a proliferação de casos, a OMS apelou na segunda-feira à comunidade internacional para que aumente os esforços de deteção e eliminação daquele tipo de produtos contaminados.
Os xaropes contaminados continham altos níveis de dietilenoglicol e etileno glicol, produtos químicos tóxicos regularmente usados como solventes industriais e agentes anticongelantes que podem ser fatais mesmo se ingeridos em pequenas quantidades, impossibilitando o uso farmacêutico.
A OMS emitiu três alertas sobre xaropes contaminados deste tipo: primeiro em outubro, quando foram encontrados na Gâmbia (onde se acredita terem causado pelo menos 70 mortes), no mês seguinte outro para a Indonésia (com cerca de 200 mortes) e este mês no Uzbequistão, onde pelo menos 21 mortes foram registadas.
A maioria das vítimas são crianças com menos de cinco anos, alertou a agência da ONU com sede em Genebra.
Os alertas, que foram também enviados aos demais 194 países membros da OMS, recomendam a retirada desses xaropes contaminados caso sejam encontrados noutros mercados, o aumento das medidas de fiscalização e notificação imediata à agência internacional caso novos casos sejam constatados.
O alerta para a Gâmbia incidiu sobre os xaropes produzidos pelo laboratório indiano Maiden Pharmaceuticals, o do Uzbequistão para produtos similares da também indiana Marion Biotech, e o da Indonésia referente a produtos fabricados localmente, a maior parte deles pela empresa PT Afi Farma.
LUSA/HN
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