A iniciativa promovida pelo SE conseguiu recolher mais de 12 assinaturas, levando o assunto a debate no Parlamento.
Os enfermeiros querem ver reconhecida a sua profissão como sendo de alto risco e desgaste rápido, defendendo, assim, a redução da idade da reforma para os 55 anos.
De acordo com o sindicato, a petição “reforça o caráter especial da enfermagem por comparação com outras profissões que também já o são, entre as quais se encontram as forças de segurança.”
O presidente do SE frisa que “diariamente, os enfermeiros estão sujeitos a uma pressão muito grande, exercendo uma profissão com elevada complexidade e onde têm de lidar de forma constante com a doença e até mesmo a morte, além de toda a dificuldade que é lidar com os doentes e a família em momentos de extrema fragilidade”.
Pedro Costa acrescenta que exercício das funções por turnos tem “consequências físicas e emocionais”. “Está comprovado, desde 2016, que um em cada cinco enfermeiros se sente em exaustão emocional, a qual se agravou ainda mais com a pandemia”.
De acordo com o responsável a falta de recursos humanos e de equipamentos, bem como as condições muitas vezes inadequadas das instalações físicas, reforçam as dificuldades que os enfermeiros sentem no exercício da profissão e que se reflete, em muitos casos, no abandono da atividade.
“Os enfermeiros estão exaustos e desmotivados com toda uma exigência diária que não se reflete, desde logo, nas condições remuneratórias”, refere.
Com a petição em discussão no Parlamento, o SE espera que os os deputados reconheçam a” urgência” de a enfermagem ser considerada uma profissão de alto risco e desgaste rápido, alterando, deste modo, a idade mínima da reforma.
PR/HN/VC
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