Quénia alarga vacinação contra paludismo após bons resultados do programa-piloto

7 de Março 2023

O Quénia, uma das três nações do mundo que está a usar a primeira vacina contra a malária, anunciou esta segunda-feira que vai expandir a campanha de vacinação contra o paludismo, depois dos bons resultados alcançados no programa-piloto.

“Estamos satisfeitos por poder anunciar hoje que mais crianças do Quénia irão beneficiar da proteção vital que oferece a primeira vacina contra a malária do mundo”, afirmou a ministra da Saúde do país, Susan Nakhumicha Wafula, em comunicado.

Assim, o Quénia seguirá a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que desde 2021 aconselha o uso mais amplo da vacina RTS,S entre as crianças que vivem em ambientes com transmissão moderada e alta de malária.

O Quénia é um dos três únicos países do mundo, junto com Gana e Maláui, que está a usar aquela vacina.

Desde a sua introdução no país, em 2019, os trabalhadores do setor da saúde quenianos já aplicaram mais de um milhão de doses antipalúdicas em crianças de oito dos 47 condados do Quénia, e cerca de 400.000 crianças receberam pelo menos uma dose.

“Nos próximos anos, o nosso objetivo é expandir a vacinação contra a malária para outras partes do país à medida que haja mais suprimentos da vacina disponíveis”, adiantou a diretora do Programa Nacional de Vacinas e Imunização (NVIP) do país, Lucy Meca.

O Ministério da Saúde queniano tomou esta decisão como “um passo em frente na luta contra a malária” e uma demonstração do seu compromisso “para alcançar o objetivo da OMS de reduzir os casos e as mortes por malária em pelo menos 90% até ao ano 2030”.

A malária é uma doença causada por um parasita Plasmodium, o qual é transmitido pela picada de um mosquito infetado.

Aquele parasita é uma das principais causas de doença e morte infantil na África subsaariana, tendo provocado a morte de quase meio milhão de crianças em 2020, o que quer dizer uma a cada minuto, segundo os dados reconhecidos pela OMS.

Mas onde a vacina RTS,S foi introduzida houve uma diminuição sustentável do número de crianças com malária grave, assim como uma redução de mortes, destacou aquela agência da ONU, adiantando que há lugares em que estima que a extensão do uso daquele antipalúdico poderia salvar as vidas de 40.000 a 80.000 crianças africanas por ano.

LUSA/HN

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