Em declarações à Lusa, o presidente do Conselho de Administração, Joaquim Barbosa, disse que aqueles enfermeiros “são essenciais” para assegurar a prestação dos cuidados de saúde, mas sublinhou que a regularização dos seus contratos depende do Ministério da Saúde.
“Faremos tudo, dentro da lei, para que continuem, mas terá de ser a tutela a dar o seu aval”, referiu.
Hoje, o Sindicato dos Enfermeiros (SE), na sequência de uma reunião no Hospital de Barcelos, deu conta, em comunicado, que a administração “reconhece que é urgente resolver” aquela situação.
“Garantiu-nos que vai solicitar ao Ministério da Saúde a consolidação da carreira destes enfermeiros para depois regularizar os seus contratos”, refere o presidente do SE, Pedro Costa, citado no comunicado.
O dirigente sindical diz ainda que, “tal como sucede um pouco por todo o país”, no Hospital de Barcelos há enfermeiros “que não estão a ter uma correta contabilização dos pontos para efeitos de avaliação de desempenho”.
Ainda segundo Pedro Costa, a administração do Hospital de Barcelos “admite as dificuldades em regularizar todos os casos, mas diz-se de mãos atadas face à ausência de um normativo concreto da tutela”.
O SE manifestou também “uma enorme preocupação com a escassez de recursos humanos na área da enfermagem”, que “está a contribuir para uma sobrecarga dos enfermeiros que ali trabalham”.
Uma situação que, adianta Pedro Costa, “está a aumentar os índices de exaustão” e a ter reflexos nas taxas de absentismo.
“Muitos enfermeiros não se sentem capazes para continuarem a acumular horas extraordinárias, estão muitos cansados e acabam por pedir baixa porque estão, em muitos casos, em risco de burnout”, sustentou.
Joaquim Barbosa contrapõe que o Hospital de Barcelos cumpre os rácios da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), admitindo, no entanto, que “fica aquém” dos rácios da Ordem dos Enfermeiros.
“Mas os rácios que temos de cumprir são os da ACSS”, referiu.
No entanto, admitiu que o hospital precisaria de mais “cerca de 10 enfermeiros”, sobretudo para fazer face a substituições e ao absentismo.
LUSA/HN
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