InnovAID: ESEL integra consórcio internacional que incentiva estudantes a inovar e empreender

11 de Julho 2023

A missão do consórcio internacional InnovAID é aumentar o potencial de inovação e empreendedorismo nos estudantes de ensino superior das instituições participantes. Uma delas é a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (ESEL).

Increasing the entrepreneurial innovation capacity of higher education institutions in AI and data science in healthcare (InnovAID) é o nome de um projeto internacional que, na ESEL, envolve os estudantes de licenciatura, mestrado e doutoramento.

Em representação da equipa InnovAID, David Loura explicou ao HealthNews que “é muito importante levar estas ideologias de inovação e empreendedorismo para a prática (…) e os enfermeiros têm um papel pioneiro porque estão junto aos doentes todos os dias e tomam conhecimento aprofundado das suas necessidades e das problemáticas que demonstram”.

“Se tivermos uma força de trabalho em enfermagem mais capacitada ao nível da inovação e empreendedorismo, conseguiremos também desenvolver soluções para esses problemas que sejam mais inovadoras, mais centradas em tecnologia, mais digitais e que consigam ir ao encontro das necessidades, tendo em conta as exigências da atualidade. Esse é o grande foco do projeto InnovAID e é o contributo que esperamos levar para a prática clínica”, frisou o enfermeiro.

Para o estudante “é importante a sua participação neste projeto porque cria uma rede de parceiros e contactos que o pode eventualmente suportar na criação de novos projetos associados a ideias que tenha. É de todo o interesse da ESEL estar presente neste tipo de consórcios que aumentam a ligação dos estudantes ao tecido empresarial. É muito importante para a instituição fazer essa ponte”.

No segundo Multiplier Event associado ao projeto, e dedicado ao tema “Institutional Transformation in Innovation and Entrepreneurship”, foram desenvolvidas “soft skills, a capacidade de raciocínio clínico, de ver nos problemas uma oportunidade para o desenvolvimento de soluções – aqui com o envolvimento da tecnologia, muito em concreto”.

“Foi uma lufada de ar fresco. Falámos de inteligência artificial, de ligação à saúde, de como ir de uma ideia que nem está muito bem delineada para uma startup de sucesso. Parece-me que foi extremamente importante partilhar essas noções e esses conteúdos, para depois partir daí para, eventualmente, a elaboração de um novo projeto, uma ideia ou mesmo para instigar na escola esta cultura organizacional que é tão importante. Se não começarmos desde o ensino, depois, na prática, os enfermeiros, e os profissionais de saúde em geral, não terão este mindset; portanto, é muito importante que nós o promovamos desde cedo na formação. Da parte da tarde tivemos esta ligação ao tecido empresarial, empresas nacionais, algumas com expansão internacional, em que o objetivo foi exatamente dar a conhecer estas empresas aos estudantes, para que eles percebam que oportunidades existem em Portugal”.

Filipa Fernandes e Mariana Santos, alunas do quarto ano da licenciatura em Enfermagem, estão envolvidas no projeto através da realização da monografia, o trabalho final de curso. “Integrámos o projeto da translação do conhecimento”, disse Filipa.

“O nosso projeto de investigação prende-se com a área do delirium. Integrámos o último estágio curricular numa unidade de cuidados intensivos do Hospital de Vila Franca de Xira. Nesse sentido, e pelo contacto com a pessoa em situação crítica, compreendemos que uma problemática que necessitava de algumas intervenções de enfermagem era a área do delirium, que provoca algumas alterações em termos do pensamento, da perceção, da atenção e da própria memória, e por sabermos que existem muitos fatores de risco sobre os quais podemos agir. Quisemos dar resposta a uma questão de pesquisa: quais as intervenções de enfermagem preventivas e de tratamento que são eficazes na gestão do delirium na pessoa em situação crítica?”, acrescentou Mariana.

Relativamente ao Multiplier Event, Filipa Fernandes referiu: “Foi importante para termos contacto com a área da investigação e a oportunidade de conhecer as diversas empresas. E também nos estimula ao nível de começarmos a ter este pensamento de investigação. Desperta-nos para esta área.”

“Num futuro próximo, penso que vamos encontrar muito mais tecnologia, fala-se muito em inteligência artificial, telemonitorização, várias áreas com as quais é muito importante contactarmos. Estes eventos são cruciais para que nós possamos tomar conhecimento delas e, eventualmente, desenvolver ideias e aplicá-las na prática”, comentou Mariana Santos.

HN/RA

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