Os moderadores desta sessão foram Estevão Pape e Joana Louro.
Pedro Oliveira começou por percorrer a história da diabetes desde 2006, passando pelas várias fases que o tratamento da doença passou. Segundo o especialista, a investigação científica relativamente a esta doença tem sido bastante significativa e com várias novidades. Abordou o consenso existente entre a American Diabetes Association (ADA) e a European Association for the Study of Diabetes (EASI), em 2022. Já este ano, foram publicadas novas guidelines da ADA para abordagem do doente com diabetes, destacando-se o facto de a metmorfina deixar de ser a primeira linha para tratamento, e de os inibidores do SGLT-2 e os agonistas de GLP-1 ganharem relevância. Abordou, ainda, duas novidades farmacológicas: a tirzepatida e a finerenona. Falou ainda a importância dada à perda de peso, “a abordagem kilocêntrica”, do possível início de terapêutica combinada em doentes recém-diagnosticados, da NASH e NAFLD como nova pandemia.
“Apesar de todas as novidades, a diabetes continua a ser uma doença cada vez mais frequente e que cada vez leva a morte de mais indivíduos”, concluiu.
Relativamente ao internamento hospitalar, Alda Jordão referiu que existe uma preocupação com o aumento da presença da diabetes, sendo que em cada cinco internamentos nos hospitais públicos, a diabetes está presente em um. Além disso, segundo o estudo Diamendit 3, a diabetes está presente em um em cada três internamentos. A especialista deu ainda destaque à utilização da insulina em internamento, a prevenção da hipoglicemia, o plano de alta com educação terapêutica e a coordenação dos cuidados.
Por fim, Isabel Ramôa dedicou-se às novas tecnologias no tratamento e gestão da diabetes, que iniciou a apresentação dizendo que a tecnologia tem tido um grande impacto na Medicina, nomeadamente a possibilidade de armazenamento de dados e gestão de dados clínicos. No que à diabetes diz respeito, fez referência às mudanças que o modo de administração de insulina tem sofrido, às novas formas de monitorização da glicemia e as apps que têm sido criadas.
“As ferramentas digitais usadas adequadamente e escolhidas tendo em conta o doente, são um excelente auxiliar nos cuidados de saúde”, terminou a especialista.
NR/HN/29CNMI
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