Rochelle Walensky, de 54 anos, era diretora dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) há pouco mais de dois anos.
A responsável pelos CDC foi uma das figuras-chave na administração de Joe Biden na resposta à pandemia de Covid-19, com a sua agência a liderar uma campanha de vacinação sem precedentes.
Walensky surgiu com muita regularidade na televisão, para transmitir mensagens de prevenção aos norte-americanos e explicar as últimas medidas.
“O fim do estado de emergência sanitária ligada à Covid-19”, previsto para 11 de maio, “marca uma tremenda transição para o nosso país, para a saúde pública, e para a minha função de diretora dos CDC”, destacou numa carta ao Presidente Joe Biden, citada numa declaração dos CDC.
“Nunca tive tanto orgulho na minha carreira profissional”, acrescentou, referindo-se ao seu papel no comando da agência.
Esta ex-professora de medicina em Harvard e chefe do departamento de doenças infecciosas de um grande hospital de Massachusetts também foi criticada durante a pandemia, em especial pela comunicação por vezes considerada caótica por parte da sua agência.
“Ela estava à frente de uma organização complexa, na linha de frente de uma pandemia única numa geração”, realçou, por sua vez, Joe Biden, num curto comunicado.
O chefe de Estado norte-americano elogiou a sua “honestidade” e “integridade” e desejou-lhe “o melhor”, sem fazer qualquer anúncio sobre quem irá seguir-se no cargo.
Os Estados Unidos vão levantar no dia 11 a obrigação de vacinação contra a Covid-19 no que diz respeito aos funcionários federais e viajantes internacionais que chegam por via aérea.
Acabar com a obrigatoriedade da vacina corresponde ao fim do estado de emergência sanitária decretado por Washington em janeiro de 2020.
As medidas tomadas para conter a pandemia de Covid-19, e em particular a obrigação de vacinação, deram origem a debates políticos intensos nos Estados Unidos.
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na sexta-feira o fim da emergência de saúde pública para a Covid-19 a nível global, aceitando a recomendação do comité de emergência, um órgão que reúne peritos de várias áreas e que se reuniu na quinta-feira pela 15.ª vez para avaliar a situação da pandemia.
Segundo disse, esta decisão significa, na prática, que este é o momento para os países fazerem a transição do modo de emergência para a gestão da Covid-19 em simultâneo com outras doenças infecciosas.
O comité de emergência da Organização Mundial da Saúde considerou ser o “momento certo de avançar” para a gestão da Covid-19, que deixou de ser um “evento incomum e inesperado” que justifique um nível de alerta mais elevado.
Segundo a OMS, mais de três anos depois, foram reportados oficialmente cerca de sete milhões de mortos, mas o diretor-geral da OMS admitiu hoje que o número real de óbitos é “várias vezes maior”, chegando a “pelo menos 20 milhões”.
LUSA/HN
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