Entre os casos confirmados laboratorialmente na Guiné Equatorial, 12 causaram a morte (taxa de mortalidade de 75%), quatro dos casos confirmados recuperaram e um causou dúvidas, enquanto todos os casos indicados como prováveis são de pessoas que morreram.
O último caso confirmado na Guiné Equatorial foi reportado a 20 de abril, refere a OMS num comunicado onde faz o balanço dos surtos, separados, da doença, que ocorrem neste país e na Tanzânia, desde o início de fevereiro e final de março de 2023, respetivamente.
Na Tanzânia um total de nove casos foi relatado entre 16 de março e 30 de abril, incluindo oito confirmados laboratorialmente e um provável, com o último caso confirmado reportado a 11 de abril.
Até à data, foram notificadas na Tanzânia seis mortes (taxa de mortalidade de 66,7%), incluindo um caso provável e cinco casos confirmados, e dos casos confirmados, três recuperaram.
O OMS enalteceu as autoridades de saúde de ambos os países por “mostrarem um forte compromisso político”, tendo nas últimas semanas “reforçado ainda mais as funções críticas de resposta”, como a vigilância da doença, incluindo nos pontos de entrada e saída das áreas afetadas, atividades laboratoriais, gestão de casos clínicos, prevenção e controlo de infeções ou comunicação de risco e participação da comunidade.
Neste contexto, a Organização recomendou que seja mantida a vigilância, mas considera que não se justificam restrições de viagens ou comércio com a Guiné Equatorial ou a Tanzânia.
O vírus de Marburg, para o qual não há vacina, é transmitido aos seres humanos através de morcegos e propaga-se através do contacto direto com os fluidos corporais de pessoas, superfícies e materiais infetados.
A doença começa agudamente, com febre alta, dor de cabeça intensa e mal-estar, podendo evoluir para sintomas hemorrágicos graves e a taxa de mortalidade varia, podendo chegar aos 80%.
LUSA/HN
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