“Porque as obras não começaram, entendemos que ainda é possível proceder à revisão do projeto do novo Hospital de Todos os Santos [a construir na freguesia lisboeta de Marvila], bem como de outras estruturas hospitalares a implementar no futuro, nas mesmas condições, com a introdução no mesmo das técnicas implícitas ao conceito de isolamento de base”, afirmou o deputado municipal do PSD Francisco Domingues.
A moção do PSD para a operacionalidade dos hospitais em caso de sismo foi aprovada por maioria, com a abstenção do PS e os votos a favor dos restantes deputados municipais.
As técnicas de isolamento de base na construção de equipamentos como hospitais “são de grande importância para todos aqueles que residem, trabalham ou visitam a cidade de Lisboa, para que estejam mais protegidos em caso de ocorrência de um sismo”, apontou o social-democrata.
Francisco Domingues disse que vários especialistas alertaram para a problemática decorrente do projeto base do futuro Hospital de Todos os Santos, a construir na freguesia de Marvila, “que será garantidamente de grande importância no socorro aos feridos decorrentes de um eventual abalo sismo e de tal projeto não ter contemplado o isolamento base, ou seja, um sistema de fundações com pilares móveis que, na prática, quase separam as fundações do edifício das deslocações do solo”.
O deputado do PSD sublinhou o histórico de Portugal em termos de ocorrências sísmicas, em que se destaca o terramoto de Lisboa em 1755, que provocou a destruição quase completa da cidade e que causou milhares de vítimas mortais, e lembrou os recentes sismos na Turquia e na Síria.
“É de capital importância, obviamente, tentar minimizar ao máximo o número de vítimas através da prevenção do colapso de edifícios e outras estruturas […], bem como garantir que estruturas estratégicas se mantenham operacionais, como sejam hospitais, quartéis de bombeiros, centros operacionais da proteção civil, esquadras de polícia e de outras forças de segurança e outras estruturas utilizadas por agentes de proteção civil”, declarou.
Antes da votação desta moção, coincidentemente, a assembleia fez um simulacro de sismo e incêndio, o que obrigou à interrupção da reunião.
Por iniciativa do PEV, os deputados viabilizaram duas recomendações dirigidas à câmara, uma para melhorar o serviço da carreira 728 da Carris e a qualidade do transporte coletivo ao longo do eixo marginal e outra para a reavaliação de percursos e horários de carreiras de bairro.
A assembleia aprovou ainda uma recomendação do PSD para que a câmara lance uma campanha de sensibilização sobre o cumprimento do Código da Estrada, dirigida aos condutores de veículos automóveis, ciclomotores ou velocípedes, e de outros meios de mobilidade suave, designadamente trotinetas, ‘skates’, ‘hoverboards’ e patins, e que instrua a Polícia Municipal de Lisboa e a empresa EMEL para o reforço da fiscalização em termos de circulação e de estacionamento.
LUSA/HN
0 Comments