Em comunicado saído da conferência de imprensa realizada hoje, a qual contou com a presença de dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, da Federação Nacional dos Médicos e do Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos, a União dos Sindicatos do Distrito de Santarém (USS) aponta, em particular, a carência de recursos humanos no HDS.
Expressando “profunda preocupação com a situação do Hospital Distrital de Santarém e a degradação do Serviço Nacional de Saúde em Portugal”, a USS afirma que “os resultados do último concurso para contratação de médicos revelaram que a carência de recursos humanos no HDS persiste, assim como a ausência de respostas concretas para os problemas que afetam essa instituição”.
“A falta de especialistas em áreas essenciais, tais como Ginecologia/Obstetrícia, Ortopedia, Medicina Interna, Anestesia, Psiquiatria, a que se soma o recente anúncio de encerramento desta valência no HDS, mas também em Dermatologia, Fisiatria, Gastroenterologia e Oftalmologia, é um reflexo direto da política de desinvestimento e da falta de atratividade das carreiras médicas no SNS”, afirma.
Para a USS, “o problema central da falta de profissionais não está na sua vontade ou falta dela, mas sim no facto de os salários serem baixos, os horários serem extremamente desregulados, as carreiras estarem congeladas e as condições oferecidas serem tão más, que centenas de profissionais, entre os quais médicos”, não veem qualquer atrativo em ir trabalhar para o Hospital de Santarém.
A USS apela para que a situação seja revertida, “estabelecendo condições de trabalho dignas, salários justos e perspetivas de carreira atrativas para os profissionais de saúde”, assegurando que continuará “a lutar por um investimento adequado no HDS, colocando a saúde e o bem-estar da população em primeiro lugar”.
Para os sindicatos, além da “contratação efetiva de profissionais em todas as especialidades necessários”, é “fundamental investir em infraestruturas e equipamentos adequados, garantindo condições de trabalho dignas e estabilidade laboral para os profissionais de saúde”.
Na nota, a USS saúda os protestos promovidos por utentes no distrito, bem como as ações de luta e protesto dos profissionais do setor.
NR/HN/Lusa
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