Em comunicado, o SIM sublinha a falta de capacidade da criação de condições de trabalho e remuneratórias que permitam captar e fixar médicos.
“Este é o lamentável resultado da incapacidade do Governo em tornar a carreira médica atrativa no Serviço Nacional de Saúde (SNS), com condições de trabalho e remuneratórias que permitam captar e fixar médicos”, lê-se no comunicado.
Na quarta-feira, o Hospital de Braga anunciou que a Urgência de Ginecologia e Obstetrícia e o Bloco de Partos vão estar condicionados nos fins de semana de agosto, devido “à dificuldade em completar as escalas de trabalho necessárias”.
Em comunicado, o Hospital de Braga adiantou que nos dias 05, 06, 12, 13, 20, 26 e 27 de agosto (sábados e domingos) o Serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia e o Bloco de Partos estarão condicionados entre as 00:00 e as 23:59.
Nos dias 04, 11 e 25 (sextas-feiras) e 19 (sábado) estes serviços também estarão condicionados a partir das 08:00.
O SIM lembra que se trata da “segunda maior maternidade do Norte do país”, que apresentou um total de 2.891 partos e 12.993 atendimentos na urgência em 2022.
“Para além disso, nos dias em que está aberta durante o mês de agosto, apresenta apenas quatro médicos quando devia ter uma equipa de cinco médicos, uma vez que se trata de um Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado com mais de 2.500 partos anuais”, acrescenta.
O Hospital de Braga ressalva que, “nos períodos de condicionamento, o Bloco de Partos estará em funcionamento para as utentes e parturientes que se encontram internadas” na unidade hospitalar.
“Em casos de urgência, as grávidas e parturientes da região devem optar por se deslocar a um dos outros hospitais da região, nomeadamente aqueles que têm apoio da especialidade de Ginecologia e Obstetrícia: Hospital Senhora da Oliveira/Guimarães, CHMA/Famalicão e ULSAM/Viana do Castelo”, adianta o Hospital de Braga.
Em alternativa, os utentes devem contactar a Linha SNS 24 – 808 24 24 24.
O Hospital de Braga diz ainda que “permanece empenhado no desenvolvimento de esforços para assegurar o funcionamento do Serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia na sua plenitude, em sólida articulação com a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS), de forma a cumprir o plano ‘Nascer em Segurança no SNS’”.
LUSA/HN
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