Pizarro: “vai haver vacinas contra a covid-19 para toda a população elegível”

29 de Setembro 2023

O ministro da Saúde assegurou hoje que vai haver vacinas contra a covid-19 para toda a população elegível para vacinação, avançando que Portugal já tem algumas centenas de milhares de vacinas.

“Nós vamos ter vacinas para todas estas pessoas, está absolutamente garantido, não as temos todas hoje nem poderíamos ter”, porque a vacina é adaptada às estirpes do vírus SARS-Cov-2, que provoca a covid-19, mais recentes, e foi aprovada na última semana de agosto, estando ainda a ser produzidas, disse Manuel Pizarro à margem à margem do Global Health Fórum, que decorre hoje e sábado no Centro de Congressos do Estoril.

No dia em que arrancou a campanha de vacinação contra a covid-19 e a gripe, o governante afirmou que Portugal já tem “algumas centenas de milhares de vacinas” e que é preciso que as pessoas percebam que é uma campanha que vai durar entre oito a 10 semanas.

“Não seria possível que fossem todos vacinados na primeira ou na segunda semana, temos que distribuir este esforço ao longo destas semanas e não perder o ânimo em relação à vacinação”, salientou.

Manuel Pizarro realçou que pela primeira vez a vacina contra a gripe será gratuita para os maiores de 60 anos: “Mas não é só ser gratuita, não exige ir ao médico, não exige receita médica”, bastando a pessoa dirigir-se a um dos 1.000 centros de saúde ou a uma das 2.500 farmácias onde é administrada a vacina para a receber.

Destacou ainda a importância das pessoas se vacinarem porque as protege da doença e, sobretudo, “protege as pessoas da doença grave”.

“É por isso que a Direção-Geral de Saúde faz a recomendação da vacinação para as pessoas que têm mais de 60 anos [porque] são aquelas que podem ter um maior impacto na sua saúde destas doenças, da gripe e da covid, e para aqueles que tendo menos de 60 anos, têm certas patologias que os tornam mais vulneráveis”, elucidou.

O ministro da Saúde referiu que “Portugal é um país onde habitualmente há uma grande adesão à vacinação”, mas disse haver “uma certa fadiga” nestes últimos anos devido à pandemia, em que os portugueses aderiram de forma massiva à vacinação, e “há uma certa sensação de relaxamento”.

“Nós temos razões para não estar angustiados, para estarmos tranquilos, mas temos que manter a nossa atenção porque as estirpes do vírus também vão mudando e também se podem tornar mais contagiosas e, por isso, é a medida mais importante que nós estamos a fazer para preparar o próximo inverno”, defendeu.

Cerca de dois milhões de pessoas, todos os que têm 60 anos de idade ou mais, poderão dirigir-se livremente às farmácias comunitárias. Os restantes utentes, com indicação para vacinação, seguindo as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS), serão convocados pelos respetivos centros de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS) onde estão inscritos.

Pela primeira vez as farmácias vão poder vacinar contra a covid-19, e segundo a Ordem dos Farmacêuticos há perto de 6.000 farmacêuticos habilitados para o fazer.

LUSA/HN

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