A cientista húngara Katalin Karikó e o médico e investigador Drew Weissman foram distinguidos com o prémio Nobel da Medicina por descobertas que permitiram o desenvolvimento de vacinas mRNA eficazes contra a covid-19.
“O Prémio Nobel de Medicina é um dos principais prémios da comunidade científica e fiquei muito satisfeita que tivesse sido atribuído aos cientistas que tiveram responsabilidade no trabalho de desenvolvimento das vacinas contra a covid-19”, disse à agência Lusa a diretora da Escola Nacional de Saúde Pública – Universidade Nova de Lisboa, Sónia Dias, num comentário a esta distinção.
Para Sónia Dias, “este é um prémio muitíssimo importante, porque também foi através desta descoberta inovadora que se descobriu, no fundo, o desenvolvimento da vacina que deu uma resolução muito importante às maiores ameaças à saúde humana nos tempos modernos”.
Segundo a investigadora, esta distinção também destaca “o quanto a vacinação continua a ser um mecanismo muitíssimo importante de prevenção da doença e um instrumento muito importante da saúde pública no geral”.
Realça igualmente “o importante papel” que a ciência e as tecnologias têm no “mundo de saúde pública global” e, por outro lado, destaca o caminho que é preciso fazer para “combater a desinformação que muitas vezes surge relativamente a estas questões e como é que vamos conseguir que se realce o papel que a vacinação tem”.
“Este prémio também apoia nesse sentido, dando uma ênfase grande à vacinação enquanto um dos instrumentos mais importantes que temos na prevenção das doenças e na saúde pública no geral”, rematou Sónia Dias.
A Assembleia do Nobel referiu em comunicado que as descobertas dos dois vencedores do Nobel foram fundamentais para o desenvolvimento de vacinas eficazes de mRNA eficazes contra a covid-19 durante a pandemia que começou no início de 2020.
“Através das suas descobertas inovadoras, que alteraram fundamentalmente a nossa compreensão de como o mRNA interage com o nosso sistema imunitário, os laureados contribuíram para a taxa sem precedentes de desenvolvimento de vacinas durante uma das maiores ameaças à saúde humana nos tempos modernos”, salienta a Assembleia do Nobel.
NR/HN/Lusa
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