Em comunicado, o PSD/Aveiro crítica o Governo pela falta de reformas no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e pede a abertura do curso de Medicina na Universidade de Aveiro (UA) em 2024/2025.
Na sexta-feira, a administração hospitalar do Hospital de Aveiro informou que urgência de cirurgia estaria encerrada nos períodos noturnos entre sábado e hoje, devido à recusa dos médicos em trabalhar mais horas extraordinárias.
A comissão política do PSD da secção de Aveiro considera hoje “incompreensível” este encerramento, facto que diz ser “da total e inteira responsabilidade do Governo do Partido Socialista (PS)”.
“O PSD Aveiro exige desta forma ao Governo do PS que faça o seu trabalho de reforma global do SNS, nomeadamente a regulação deste grave conflito, procurando pontos de consenso junto da Ordem, dos Sindicatos e dos próprios Médicos, para resolver este grave problema, conforme é a sua competência e que afeta principalmente os que menos têm e os que mais precisam do Estado para cuidar da sua Saúde”, reclama.
No comunicado é também defendida a necessidade da abertura do curso de Medicina na Universidade de Aveiro (UA), no próximo ano letivo (2024/2025), e que “avance com a aplicação prática e urgente” da decisão da criação das Unidades Locais de Saúde (ULS).
No comunicado dedicado ao tema da saúde, o PSD/Aveiro vinca a importância de colocar em funcionamento uma administração comum e articulada entre o Centro Hospitalar do Baixo Vouga e as Unidades de Saúde da mesma área geográfica, “para que seja possível aumentar a produtividade e eficiência das Unidades de Saúde, que devido à sua inoperância são corresponsáveis pela pressão sobre as urgências hospitalares”.
No início deste mês, o conselho de administração do Hospital de Aveiro informou que tinha sido obrigado a intervir, elaborando uma escala alternativa para garantir a prestação de cuidados cirúrgicos no serviço de Urgência do Hospital de Aveiro, durante a primeira semana, “na salvaguarda da segurança dos doentes emergentes e urgentes”.
Esta decisão, segundo a administração, prendeu-se com o facto de a direção do Serviço de Cirurgia Geral ter apresentado uma proposta para o encerramento das urgências cirúrgicas no período da noite e o encerramento completo durante os fins de semana, durante todo o mês de outubro.
Na altura, a administração hospitalar referiu ainda que a escusa de um número elevado de médicos em realizar horas extraordinárias no serviço de Urgência estava a criar “constrangimentos na elaboração de escalas”.
LUSA/HN
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