Este trabalho, da Informa D&B, numa parceria com o Conselho de Saúde, Prevenção e Bem-Estar da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, teve por base a prestação de contas das empresas estritamente relacionadas com a saúde e concluiu que existem mais de 31 mil empresas neste setor, “que contribuíram com um valor acima dos 1.000 milhões de euros em IRC e contribuições diretas, como a TSU”, de acordo com um comunicado.
Por outro lado, “quanto ao seu impacto no emprego, destacam-se os mais de 146 mil profissionais contratados e as remunerações pagas no valor de 2.389 milhões de euros, que registaram um aumento de 9% em relação a 2021”, garantiu.
O estudo concluiu ainda que “as empresas privadas do setor da saúde geram anualmente um valor acrescentado bruto superior a 6,7 mil milhões de euros”.
No que diz respeito às vendas e prestações de serviço, de 23,7 mil milhões de euros, o estudo indicou que, comparando os dados de final de 2022 com o dos exercícios anteriores, conclui-se que “o setor privado da saúde teve um crescimento das vendas e prestação de serviços de 8,3% (e de 38,9% face a 2020, em que a pandemia condicionou toda a atividade económica e em que o setor da saúde foi particularmente afetado)”.
Segundo o documento, o setor privado da saúde é composto por uma “grande variedade de empresas que vão desde as farmácias (cerca de 2.700), até à prestação de cuidados de saúde em internamento (426 entidades) passando pelas atividades de prática médica de clínica geral (3.663) e especializada (8.179) em ambulatório, pelas clínicas de medicina dentária (6.712), pela produção (170) e distribuição (957) de medicamentos, à produção de dispositivos médicos (691), às análises clínicas (223), centros de enfermagem (420)”, entre outras.
Outro aspeto destacado é que a maioria das empresas, “cerca de 74%, são entidades de pequena dimensão que têm até nove trabalhadores”, sendo que estas “representam 39% do total do emprego no setor privado da saúde”.
O presidente do Conselho da Saúde, Prevenção e Bem-Estar da CIP, João Almeida Lopes, citado no comunicado, disse que o estudo “deixa claro o valor das empresas privadas que operam na área da saúde”, defendendo que a atividade “pode contribuir ainda mais para a saúde dos portugueses e “para a sustentabilidade do sistema de saúde”.
LUSA/HN
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