“Nós temos seis casos notificados, três dessas amostras que foram notificadas, no dia 02, foram enviadas ao Instituto Pasteur, em Dacar, como laboratório de referência ao nível da região africana. Duas deram positivo”, na segunda-feira, afirmou Ângela Gomes, diretora-nacional de Saúde.
Uma amostra continua em dúvida e as outras três ainda estão pendentes de análise, adiantou.
Os casos suspeitos surgiram “em diferentes bairros da Praia, por isso, o alerta é geral”, disse a diretora-geral de Saúde.
Entretanto, as pessoas com casos confirmados já tiveram alta, acrescentou.
Os sintomas mais frequentes de dengue são febre, dores de cabeça, dores na base dos olhos e nas articulações, num quadro que pode ser leve a forte.
Todas as unidades de saúde do país já foram alertadas e foram desencadeados procedimentos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“A delegacia de saúde da Praia está no terreno” com uma equipa que está a realizar a investigação dos casos, tentando determinar a sua origem, declarou Ângela Gomes.
A ação faz parte do guião a seguir nestas situações, “ir para as comunidades para rastrear, pulverizar” a área contra os mosquitos que propagam a doença “e despistar novos casos”, que, entretanto, não surgiram.
Ângela Gomes alertou para o facto de o mosquito portador ser “mais vigoroso, ágil” e habitualmente alojar-se dentro das habitações.
Em 2009, um surto de dengue em Cabo Verde provocou mais de 21.000 casos e em 2015 foram detetados cerca de 7.000 casos de zika no arquipélago, outra doença também transmitida por mosquitos.
No que respeita a doenças em que o mosquito é o vetor de propagação, a malária é, a nível global, a mais perigosa.
Cabo Verde entrou no quarto ano sem registo de qualquer caso de transmissão local de malária, estando a decorrer o processo de certificação internacional da erradicação pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
LUSA/HN
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