FNAM diz que Ministério da Saúde “empurrou” médicos para greve nacional

15 de Novembro 2023

A FNAM já se pronunciou sobre a paralisação de 14 e 15 de novembro. “Milhares de cirurgias canceladas são responsabilidade das políticas de Saúde do Ministério de Manuel Pizarro, que empurrou os médicos para a greve”, afirma.

Em comunicado, a FNAM diz que a adesão global de dois dias de greve nacional foi na ordem dos 85%.

As manifestações realizadas em Lisboa, Porto e Coimbra, no primeiro dia da greve, 14 de novembro, “tiveram uma boa participação”, “com centenas de médicos a marcar presença nas concentrações realizadas no Hospital de São João, no Hospital da Universidade de Coimbra e no Hospital Santa Maria, que deram voz às preocupações dos médicos e dos utentes, que responderam ao apelo da FNAM”.

“Ao contrário de outros ministérios que retomaram negociações depois desta crise política, o Ministério da Saúde (MS) ainda não reagendou a reunião de 8 de novembro, que cancelou, sem explicação, numa altura em que o SNS está em grande agonia”, alerta a Federação Nacional dos Médicos. “Os médicos exigem a Manuel Pizarro, que continua em plenitude de funções, a retoma das negociações, de forma séria e competente, e que seja capaz de produzir um acordo que incorpore as soluções que os médicos têm para salvar o SNS.”

“A FNAM faz o apelo à fiscalização abstrata do diploma da Dedicação Plena, legislado unilateralmente pelo Governo, que é abusivo, acarreta mais trabalho e que coloca em risco a segurança de médicos e doentes, pelo Presidente da República, Procuradoria-Geral da República e Provedoria de Justiça, pedimos ainda uma audiência urgente à Comissão Parlamentar da Saúde e apoiamos todos os médicos que manifestam intenção em recusar adesão à Dedicação Plena que, apesar de ser voluntária, é obrigatória para todos aqueles que vierem a integrar Unidades de Saúde Familiar e os Centros de Responsabilidade Integrados”, explica.

A FNAM terminou com a garantia de que “continuará a apoiar todos os colegas que entregaram as declarações de indisponibilidade para fazer mais trabalho suplementar para além do limite legal anual de 150 horas”. No próximo dia 17, estará em Bruxelas, para reunir com os eurodeputados e a Comissária para a Saúde, Stella Kyriakides, e apresentar um retrato da “situação dramática que se vive na Saúde em Portugal” e “as soluções da FNAM”.

PR/HN

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