O estudo coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge para a 6.ª edição do COSI Portugal identifica que 72,4% das crianças inquiridas consomem snacks doces até três vezes por semana e 69,1% consomem refrigerantes açucarados com a mesma frequência. A destacar também que 31,9% das crianças apresentavam excesso de peso – destes, 13,5% já apresentavam obesidade infantil.
“Mais do que uma necessidade física, comer é um ato social, por isso as refeições são oportunidades para, em família, partilhar exemplos saudáveis e ir incluindo rotinas positivas”, refere Teresa Bartolomeu, responsável pela oferta de saúde do Grupo Ageas Portugal. “Sabemos que a alimentação das crianças e jovens deve ser promovida desde o início das suas vidas, tendo impacto no seu futuro enquanto promotor de saúde. Por isso, acreditamos na relevância desta iniciativa, que informa sobre a importância da alimentação saudável em diferentes contextos, inclusive, nas fases da infância e da adolescência, em que é importante criar hábitos saudáveis”, conclui a responsável.
Para incentivar a melhores práticas na alimentação infantil dos portugueses, a Médis e a SPLS disponibilizam algumas sugestões.
Sempre que possível faça as refeições em família
Além de ser um momento de convívio e partilha, permite um maior controlo sobre as porções e a qualidade nutricional que está a ser ingerida.
Inclua frutas e legumes de forma simples e em família
Para as crianças as frutas são o elemento mais fácil de inserir, seja pela curiosidade característica que pauta esta faixa etária, seja pela variedade ou versatilidade das frutas. No entanto, os legumes não têm de ser diferentes – embora se reconheça uma maior resistência face a estes –, pode apostar na sua introdução através das sopas, através de brincadeiras com cores e nomes, por exemplo. Com o tempo, recomenda-se uma cada vez maior inclusão de legumes (além da cenoura, brócolo ou feijão verde), apostando simultaneamente em diferentes formas de cozinhá-los – fugindo aos típicos legumes cozidos.
Privilegie o consumo de água como bebida de eleição
Em detrimento dos sumos ou refrigerantes, a água é muito mais saudável e a bebida que mais falta faz.
Limite o consumo de doces, bolos, sumos e refrigerantes
Contudo, é fundamental não proibir o consumo de qualquer alimento, mas sim transmitir que a sua ingestão deve ser feita apenas em ocasiões especiais – não sendo a regra – explicando o porquê de uma ingestão frequente ser prejudicial para a saúde.
Gerir bem o tempo
A falta de tempo para a preparação das refeições é, muitas vezes, um dos principais promotores para a escolha de alimentos mais processados e menos saudáveis. Com uma gestão mais eficiente do seu tempo, traduz-se não só na seleção de alimentos melhores e mais nutritivos, como ainda a poupança no seu orçamento familiar.
Planeie as refeições em família
Além de possibilitar a escolha de alimentos mais saudáveis para os mais novos, a sua preparação conjunta ajuda-os a perceber e entender quais as melhores escolhas a fazer.
Leia os rótulos
É essencial perceber o que cada produto ou alimento contém. As embalagens podem induzir em erro e, por isso, é necessário saber interpretar a informação retida nos rótulos dos produtos que se adquire – para os pequenos que já leem é igualmente um bom hábito a reter.
Lidere pelo exemplo
As crianças e os jovens aprendem pela observação/imitação. Se virem os seus pais ou cuidadores a ingerir, desde cedo, certos alimentos em casa, será mais fácil replicar esses mesmos comportamentos e hábitos no futuro.
Tornar a alimentação das crianças e dos jovens mais saudável é crucial para a promoção da saúde, atual e futura. Não tem de ser uma tarefa aborrecida, pode ser divertida, basta saber como fazê-lo. Para aceder aos conteúdos de “Por Falar em Comida”, consulte www.medis.pt/alimentacao-saudavel.
PR/HN
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